Ficou acertado, então, a redação de uma nota preliminar, para ser divulgada somente após a reunião de líderes do Senado, quando se espera ter acesso aos documentos enviados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A 2ª Turma do STF referendou, por unanimidade, a decisão do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato na Corte, de prender Delcídio e o banqueiro André Esteves. De acordo com as investigações, os dois estariam atuando para impedir uma delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e, ainda, facilitar sua fuga do Brasil.
Na reunião da bancada, os petistas se mostraram assustados com a forma como a prisão foi feita. Para o senador Paulo Rocha (PA), não pode se perpetuar o método, segundo ele, adotado pela Lava Jato. "Somos a favor das investigações e do funcionamento das instituições, mas não se pode usar esses métodos, de prender primeiro e só depois condenar", afirmou. Segundo ele, a posição do partido para qualquer é se assegure, primeiro, o direito à defesa.
Para reforçar a desaprovação da bancada sobre a forma como a prisão foi feita, petistas votarão pelo relaxamento da prisão no momento em que a decisão tiver de ser tomada pelo Senado. Paulo Rocha explicou que, "mesmo que tenha cometido erros individuais", Delcídio Amaral terá o apoio da bancada para se defender.
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