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Vanessa Damo assegura
PMDB na base de Alckmin
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
21/12/2010 | 08:28
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A deputada estadual reeleita por Mauá, Vanessa Damo (PMDB), não crê que o seu partido possa migrar da situação para oposição ao governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB). A troca de postura seria motivada pelo afastamento do presidente estadual da legenda, Orestes Quércia - principal conciliador ao PSDB - e da eleição de Michel Temer a vice-presidente da República ao lado da presidente eleita Dilma Rousseff (PT).

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, estuda trocar o DEM pelo PMDB. Em visita ao Grande ABC, o vereador da Capital Netinho de Paula (PCdoB) chegou a dizer que o planejamento é que Kassab lidere um "bloco de esquerda", caso troque de partido. "Essa é uma discussão prematura. Estamos ouvindo falar, mas não tem nada definido. Tudo será discutido com o partido. Kassab é uma liderança importante. Ainda é só especulação", pontuou Vanessa.

O plano do tal bloco de esquerda é incluir o PT. Vanessa é declaradamente oposição a qualquer nome petista. Ela trocou o PV pelo PMDB sob a condição de manter-se ao lado do PSDB. "Meu pai (ex-prefeito de Mauá, Leonel Damo) esteve por muitos anos no PSDB. Minha relação com o governador é muito próxima. Tenho convivência desde muito pequena" argumentou. A deputada também destaca que trabalhou na campanha de Alckmin.

Ao invés da tendência de esquerda do PMDB, Vanessa coloca o partido como fiel escudeiro do PSDB no Estado. "Acho que virá uma secretaria ou até mais, porque somos aliados de primeira hora. O PMDB está numa posição estratégica", pontuou. A deputada arriscou até se colocar como "porta-voz" da região no governo estadual por tal proximidade.

A eleição de 2010 marcou a estreia da deputada nas urnas com o PMDB. Por conta de um imbróglio jurídico, em que o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) constatou divergência nos nomes de solteira ( Doratioto Damo) e de casada (Damo Orosco) de Vanessa, os votos foram computados só alguns dias depois da apuração total. Com a validação, o quociente eleitoral do PMDB foi alterado. "Minha totalização gerou a quinta cadeira da bancada", lembrou.

PREFEITURA - A disputa pela sucessão do prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), ainda é um quadro indefinido. Vanessa é uma das cotadas para liderar a oposição a Oswaldo. Caso a peemedebista resolva entrar na disputa, terá concorrentes oposicionistas. O prefeito de Ribeirão Pires Clóvis Volpi (PV), com quem ela nunca se bicou, planeja candidatura na cidade mesmo com empecilhos jurídicos. O vereador Átila Jacomussi (PV), padrinho de casamento da deputada, também se manifesta como pré-candidato.

 




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