Os gastos com a cesta básica continuam em alta neste mês. Pela segunda semana consecutiva, o conjunto de 34 itens pesquisados pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) é o mais caro do ano. O desembolso total ficou em R$ 514,81, ou seja, R$ 11,18 mais que sete dias atrás, o que representa 2,22% de aumento.

Para o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto, os principais vilões desta semana continuam sendo as frutas, os legumes e as verduras, além de arroz, açúcar e frango. Sem contar que, pela proximidade com o fim do ano, os preços tendem a ficar mais salgados.

“Arroz, açúcar e frango ajudaram no encarecimento nas últimas semanas, já que são alimentos típicos de exportação e têm valor cotado internacionalmente”, explica Benedetto. O engenheiro também explica que, por ser época de pagamento do 13º salário (a primeira parcela será depositada até dia 30 e, a segunda, até 20 de dezembro), os supermercados não costumam fazer tantas promoções e ofertas. “Sem querer ser pessimista, mas nada está sinalizando recuo significativo do preço dos alimentos no fim do ano.”

HORTIFRÚTI - O clima também interfere no preço da cesta. “Os hortifrúti encarecem devido ao longo período de estiagem e de temperatura elevada”, explica o engenheiro. É por isso que os itens da salada, como tomate, alface e cebola lideraram as altas da semana.

O tomate foi o campeão, subindo 25,54%, com o valor médio do quilo saindo de R$ 5,52 para R$ 6,93. A cebola também aumentou. O quilo, que era encontrado por R$ 3,55, foi para R$ 4,28.

“Neste ano tivemos problemas com a cebola, quando precisamos importá-las. Depois, veio a safra paulista, que ajudou a diminuir o preço. Agora, essa tiragem está no fim, por isso o preço alto”, afirma Benedetto. A tendência é que o item suba mais nas próximas semanas, quando o importaremos dos Estados do Sul.

A boa notícia é a queda da carne bovina de primeira. “Há muitas ofertas nas lojas, uma ótima oportunidade para a dona de casa.” A média do quilo sai por R$ 21,93.