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Promotoria: morte de Jean Charles foi resultado de erros policiais
Da AFP
01/10/2007 | 10:40
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A morte do brasileiro Jean Charles de Menezes por parte de agentes da Scotland Yard foi resultado de "erros fundamentais" da polícia, afirmou a promotoria britânica, após a abertura nesta segunda-feira em um tribunal de Londres do julgamento contra a Polícia Metropolitana.

"Esta morte poderia ter sido evitada", afirmou ao júri a advogada da promotoria, Clare Montgomery QC, que acusou a Polícia Metropolitana de não ter garantido a segurança do brasileiro, que foi baleado por dois policiais ao ser confundido com um terrorista, em julho de 2005.

Jean Charles recebeu sete tiros na cabeça na estação de metrô de Stockwell (zona sul de Londres), um dia depois dos atentados frustrados contra a rede de transportes londrina, que foram registrados duas semanas após os ataques terroristas que mataram 52 pessoas e deixaram centenas de feridos em 7 de julho de 2005.

"A morte foi resultado de erros fundamentais da polícia, que não implementou a operação planejada de maneira segura e razoável", acrescentou a advogada, antes de acusar a Scotland Yard de violar as normas de saúde e segurança, já que não executou a operação antiterrorista no metrô Stockwell sem expor a perigo o público, incluindo Jean Charles.

A previsão é de que o julgamento contra a Scotland Yard, a ser realizado no tribunal criminal de Londres, conhecido como Old Bailey, dure pelo menos seis semanas. As circunstâncias da morte de Jean Charles foram investigadas em uma inspeção, Stockwell One, cujas conclusões ainda não foram reveladas.

Críticas- Os familiares de Jean Charles de Menezes criticaram novamente nesta segunda-feira, antes da abertura do julgamento, a decisão da justiça britânica de não processar individualmente os 15 policiais envolvidos na morte do brasileiro por falta de provas.




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