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Conclusões sobre atentado do Papa em 1981 ainda não foram aprovadas
Da AFP
15/03/2006 | 17:19
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A ausência dos parlamentares italianos impediu hoje a aprovação das conclusões da comissão do Parlamento encarregada de investigar o atentado contra João Paulo II em maio de 1981, no qual a espionagem soviética estaria envolvida.

"Tinha o pressentimento de que este caso terminaria assim", declarou o senador Paolo Guzzanti, presidente da comissão parlamentar e redator das conclusões finais. Guzzanti é senador da Forza Italia, partido do primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

Dos 40 deputados e senadores membros da "comissão Mitrokhine", nome de um ex-empregado da KGB (o serviço secreto soviético), só a metade estava presente à sessão, número insuficiente para votar as conclusões.

"Esta comissão sustenta que, além de qualquer dúvida razoável, a cúpula hierárquica da URSS tomou a iniciativa de eliminar o Papa Karol Wojtyla, transmitindo sua decisão ao GRU, o serviço secreto militar soviético, para que este tomasse as medidas necessárias", afirmou Paolo Guzzanti em suas conclusões redigidas durante quatro anos de trabalho.

A ausência de quórum exigido para a votação no Parlamento italiano impediu a adoção das conclusões. O relatório preparado por Guzzanti não conseguiu a unanimidade de todos os seus membros e Giulio Andreotti, sete vezes chefe do governo italiano e senador vitalício, expressou suas reservas em vários pontos, sobretudo no atentado contra o Papa.

Segundo este documento, os serviços secretos soviéticos estariam indiretamente envolvidos no seqüestro e na morte do ex-dirigente italiano democrata-cristão Aldo Moro, em 1978. Para Guzzanti, os diversos terroristas com apoio dos serviços secretos búlgaros no atentado contra João Paulo II e as Brigadas Vermelhas no seqüestro e execução de Aldo Moro, eram expressões da KGB.




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