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Desaparecidos no Chile foram queimados em colônia alemã, diz jornal
Da AFP
23/07/2006 | 15:01
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Os corpos de cerca de 20 pessoas desaparecidas no Chile durante a ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990) foram queimados com fósforo químico na colônia alemã "Dignidad", informou neste domingo o jornal estatal La Nación, citando o depoimento de um ex-dirigente dessa organização.

Os desaparecidos moravam na zona rural de Parral, 340 km ao sul de Santiago, que caíram prisioneiros dos militares nas primeiras semanas do golpe ao qual se seguiu a ditadura de Pinochet, no dia 11 de setembro de 1973.

Levados à colônia, situada numa zona montanhosa a leste de Parral, os militares os assassinaram, enterrando-os numa fossa comum, mas cinco anos depois seus restos foram exumados por ordens de Paul Schaefer, o chefe do assentamento.

"Todos os corpos foram então queimados", afirmou Gerhard Mücke, ex-guarda-costas de Schaefer citado pelo jornal, no depoimento ao juiz Jorge Zepeda, que investiga estes e outros desaparecimentos de prisioneiros na colônia.

Schaefer, Mücke e 16 ex-dirigentes da organização alemã estão presos há 16 meses acusados de "associação ilícita" com a polícia secreta de Pinochet e os militares para eliminar prisioneiros da ditadura.



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