Política Titulo Diadema
Lauro promete para dezembro contrato de terceirização da Saúde

Prefeito de Diadema afirma que vai esperar acabar convênio com a SPDM e elogia Zé Augusto, titular da Pasta

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
18/11/2015 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), empurrou para dezembro o início de processo de contratação de OS (Organização de Saúde) para gerir um dos setores mais questionados de sua administração. O plano de terceirização da Saúde, que foi aprovado em maio em episódio que registrou confronto físico entre servidores e GCMs (guardas-civis municipais) na Câmara, havia sido prometido inicialmente por Lauro para setembro.

O chefe do Executivo negou morosidade na implementação da nova proposta de trabalho e justificou que ações efetivas não foram executadas ainda em virtude da vigência do contrato com a SPDM (Associação Paulista de Desenvolvimento da Medicina), mantida pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Na argumentação, ele fez uso de discurso crítico ao PT – seu rival político e responsável pela assinatura do convênio, firmado em 2007, na gestão de José de Filippi Júnior.

“O PT deixou esse vínculo com a SPDM e precisamos pagar para não deixar rombo. Então, vamos fechar o contrato para dar início à OS. Estamos trabalhando junto ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) para concluir corretamente. Qualquer crítica feita é uma demagogia porca do PT, uma vez que essa forma de trabalho ocorre na Capital, São Bernardo, em governos petistas”, criticou o verde, sem informar até quando irá perdurar vínculo com a SPDM.

O projeto de lei que deu aval à terceirização na Saúde foi colocado às pressas por Lauro em 14 de maio, na Câmara. De imediato, o Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema) liderou movimento contrário à proposta, assegurando que plano depreciava o funcionalismo e serviços públicos. Em meio a contestações, dirigentes do sindicato e servidores entraram em confronto com GCMs – que utilizaram cassetetes e spray de pimenta – na sessão em que o texto foi consentido. Houve confronto, mas ninguém se feriu gravemente. Na ocasião, Lauro forçou a bancada governista a aprovar matéria alegando ter pressa para implantação do sistema.

DEFESA
O prefeito diademense voltou a defender ontem a gestão de seu secretário de Saúde, José Augusto da Silva Ramos (PSDB), que segue como alvo de duras críticas dos oposicionistas e servidores.

Lauro creditou os questionamentos ao viés político, novamente destacando a participação efetiva dos petistas. “Não tem nada de diferente aqui (em Diadema) que ocorre nas outras cidades. É um bando de oportunistas e demagogos”, pontuou.

José Augusto está comando da Pasta desde o início da gestão, em janeiro de 2013, após apoio no segundo turno das eleições. Ainda no começo da gestão do verde, 70 profissionais, a maioria por desentendimentos com o tucano, pediram exoneração do governo.

A bancada de oposição chegou a apresentar requerimento solicitando demissão do titular, porém, Lauro jamais sinalizou disposição em romper elo com o ex-prefeito.

Verde coloca nomeação de Teodózio para o ano que vem

O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), confirmou que a entrada do pastor Teodózio Gregório da Silva, presidente do PSC local, vai ocorrer somente no ano que vem. Teodózio estava em tratativas para assumir o comando da Secretaria de Segurança Alimentar, em substituição a Eduardo da Silva Minas, em acordo firmado pela base aliada.
“Neste ano não ocorrerá mudança, só se alguém morrer. Estou conversando com o Teodózio e foi falado de secretaria. Porém, o PSC já está contemplado no governo”, citou Lauro, exemplificando o cargo de Washington Ferreira da Silva, filho de Teodózio, que exerce função de coordenação na Saúde.

O PSC integrou arco de aliados do verde na campanha vitoriosa de 2012, quando derrotou o então prefeito Mário Reali (PT). Após o triunfo, Lauro estabeleceu gestão de rodízio dos sociais-cristãos com o Gilberto Moura, ex-PHS e hoje no PRP, para o comando de Cultura. Porém, o chefe do Executivo furou o próprio acordo deixando Giba como responsável da Pasta.

“Pastor não pode ser secretário de Cultura, porque é um setor com diversidades. Preciso respeitar essa questão eclesiástica dele que não vai conversar com pessoas do grupo LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros)”, comentou Lauro. 




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