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OIT tenta recuperar o tempo perdido na luta contra Aids
Do Diário do Grande ABC
13/10/1999 | 16:11
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A Organizaçao Internacional do Trabalho (OIT) aprovou nesta quarta-feira na capital da Namíbia uma plataforma de açao em todos os níveis para lutar contra a Aids no mundo do trabalho, recuperando o tempo perdido, colocando este combate entre "suas prioridades'.

A pandemia é considerada o ``desafio mais grave de nossa época' e o ``obstáculo mais importante para o progresso social e econômico da Africa'.

Durante um seminário de três dias que reuniu sindicalistas, trabalhadores e patroes assim como representantes dos governos de 20 países africanos, ficou constatada a carência de açoes específicas da Organizaçao sobre o assunto. No entanto, sete agências internacionais das Naçoes Unidas (ONU) cooperam há vários anos com a Onuaids, e a OIT, sob o impulso da nova direçao de Juan Somavia, lançou-se recentemente na tarefa e organizou o encontro de Windhoek.

Para desenvolver uma ``vacina social' contra a Aids, segundo Mary Chinery Hesse, secretária executiva da OIT, a Organizaçao partirá para as açoes necessárias e que foram descuidadas durante muito tempo.

Na opiniao de Mpenga Kabundi, técnico da OIT, o desenvolvimento desta vacina é tao importante ``quanto o direito ao trabalho, que pressupoe: liberdade sindical, luta contra a discriminaçao, aboliçao do trabalho infantil; assim como o respeito ao emprego - promoçao, sobretudo feminina e ajuda ao setor informal - ou a proteçao social dos trabalhadores. E a esses itens só falta acrescentar a dimensao da Aids.

O debate foi dominado pela desigualdade das mulheres ante os homens em relaçao à Aids, já que sao mais vulneráveis, devido ao status socioeconômico inferior, que lhes impede manter relaçoes sexuais seguras.

As jovens africanas, por exemplo, correm risco duas vezes maior que os homens de contrair a doença, pelo que os participantes apelaram para ``uma mudança de mentalidade' e para o fim da ``cultura da violência sexual'.

A proposta final centra-se na educaçao feminina e no reforço da independência econômica para ``evitar a dominaçao dos homems'.




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