FHC confirmou que vai estar com Michel Temer à tarde em Brasília, onde dará entrevistas e disse que combinou com o presidente do sindicato dos metalúrgicos, Luiz Marinho, que irá marcar um encontro com ele.

Marinho conseguiu que a direçao da Volkswagen facilitasse sua aproximaçao do presidente e se disse surpreso com o discurso de Fernando Henrique, que citou a necessidade de negociar emprego por três vezes em seu discurso.

Na primeira vez, ele elogiou a fábrica da Volks, dizendo que ``aqui há preocupaçao com o meio ambiente e com a manutençao do emprego'. Na segunda vez, ele disse que ``cada empresário deve estar comprometido, nao só com o lucro, mas com os trabalhadores'. Por fim, ele pediu para que ``todos façamos um esforço e as empresas que nao estao localizadas nas regioes de vanguarda lembrem que o capital mais preciso é o humano, e que antes de dispensar o empregado da regiao atingida pela crise e pela transformaçao da indústria ele pense no Brasil, pense no trabalhador, faça negociaçoes, aceite discussao e permita que haja confiança crescente, nao apenas pelos que estao nas novas fábricas, mas pelos das antigas, sem as quais nao haveriam as novas.

Marinho disse que parece que o governo está tomando consciência dos problemas do emprego e disse que nao se trata de cuidar especificamente do problema da Ford, porque, ``se a coisa continuar como está, haverá novas demissoes'. O sindicalista disse que durante a negociaçao com FHC ele vai propor medidas emergenciais para manutençao do emprego, enquanto se negocia medidas de longo prazo, como a renovaçao da frota.