Moacyr Duarte, especialista em gerenciamento de riscos e pesquisador da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), disse que os estragos causados pela explosão mostram que a quantidade de pólvora e explosivos no local era grande. "Se com quatro ou cinco explosivos já é possível acabar com algumas casas, precisa de muito para destruir um quarteirão inteiro."
O especialista explicou que vender e estocar pequena quantidade de explosivos é uma coisa; manusear matéria-prima pura é outra. "Mexer com a pólvora seca já é um risco enorme. Qualquer atrito ou eletricidade estática pode provocar faíscas e, como consequência, explosões."
O professor de Química da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Ricardo Mercadante, confirmou a tese de que a pólvora por si só seria suficiente para causar a explosão. "Quem armazena fogos de artifício deve tomar diversas precauções e manter estoque pequeno, o que não era o caso."
Para ele, a hipótese de o acidente ter sido causado pela queda da antena e a produção de faíscas é plausível. "Mas é claro que todos os detalhes devem ser vistos com cuidado pela perícia." Mercadante, autor de diversos estudos sobre explosões, lembra que um curto-circuito, descarga estática e até um cigarro também poderiam ter sido causadores do acidente.
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