Economia Titulo
Apeop: legislaçao trabalhista impulsiona desemprego
Do Diário do Grande ABC
28/06/1999 | 17:05
Compartilhar notícia


O presidente da Associaçao Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop), Paulo Godoy, disse nesta segunda, que a atual legislaçao do trabalho é um dos fatores responsáveis pela grave situaçao do desemprego no país. Segundo ele, da maneira como está estruturada, a justiça do trabalho gera salários baixos, custos altos para as empresas e produtividade baixa. O resultado de tudo isso, avalia Godoy, é o aumento da informalidade e do desemprego.

O empresário fez essas declaraçoes durante encontro para discutir as propostas do deputado Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), relator da Comissao Especial de Reforma do Judiciário realizado pela manha na sede da Apeop. Segundo ele, a Apeop apóia, principalmente, dois pontos da proposta do deputado: o fim do poder normativo da Justiça do Trabalho - em favor da negociaçao entre empregados e empregadores - e a extinçao do juiz classista. "Defendemos um tipo de contrataçao em que prevaleça a vontade das duas partes, empregados e empregadores" disse Godoy.

O presidente da Apeop disse ainda que nao acredita na recuperaçao do setor da construçao no segundo semestre. De acordo com Godoy, os investimentos no setor público ainda sao muito "tímidos", o que adia a retomada do segmento para o ano 2000. Apesar disso, acrescenta ele, uma pequena recuperaçao poderá vir de investimentos recentemente anunciados pelo governo federal e pela iniciativa privada. Ele cita como exemplo a Telefônica, que anunciou contrataçoes, a partir de julho, para a execuçao de 1,5 milhao de novos terminais telefônicos.

Além disso, Godoy também citou como medidas favoráveis ao setor a continuidade das obras do Rodoanel e o lançamento, pelo governo federal, do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), que deve abrir novas vagas no setor. Ele acredita que a iniciativa do governo paulista e da Caixa Econômica Federal, que assinaram na última sexta-feira convênio de R$ 1,2 bilhao para a construçao de moradias populares no estado, é uma medida positiva e mostra que há vontade política em viabilizar o PAR no curto prazo. Este programa prevê a construçao de 200 mil moradias, das quais 60 mil na regiao metropolitana de Sao Paulo, para locaçao, com opçao de compra no final do contrato de 15 anos.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;