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Representante europeu vai para a Filipinas
Do Diário do Grande ABC
08/05/2000 | 14:17
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O espanhol Javier Solana, representante da diplomacia européia há sete meses, começa nesta segunda-feira a missao mais delicada no cargo. Ele foi para as Filipinas tentar liberar 21 reféns, entre eles nove europeus, seqüestrados em 23 de abril por rebeldes muçulmanos.

O alto representante de política externa e segurança comum da Uniao Européia saiu de Bruxelas nesta segunda com destino a Manila. Assim que chegar ele vai se reunir com o presidente Joseph Estrada e vários membros do governo, entre eles os ministros da Defesa e das Relaçoes Exteriores.

Solana também vai conversar com o novo negociador designado pelo presidente Estrada, Ghazali Ibrahim, um muçulmano respeitado por todos os envolvidos, que substitui Nur Misuari, governador da regiao autônoma de Mindanao (sul de Filipinas). A ilha de Jolo, onde estao os reféns, fica sob jurisdiçao de Misuari.

Antes da partida, Solana qualificou sua missao de ``diplomática e humanitária', e disse que ela só tem um objetivo: ``ajudar a garantir a vida e a segurança dos rebeldes'. Ele descartou qualquer contato com os seqüestradores - rebeldes muçulmanos do grupo Abu Sayyaf - e disse que nao se tratava absolutamente de mediaçao. ``Só me encontrarei com autoridades filipinas', assegurou Solana.

A missao do espanhol, decidida pelos ministros das Relaçoes Exteriores da UE, foi inicialmente acolhida com reticência pelo presidente filipino. O porta-voz da presidência disse que a missao poderia dar alento aos rebeldes. Mas depois dos contatos entre Manila e Bruxelas, as autoridades filipinas ``compreendem bem a missao' e apreciam ``o interesse da UE pela situaçao', disse Solana, para quem ``acabaram os mal-entendidos'.

Uma família de três alemaes, um casal de franceses, outro de sul-africanos, um de finlandeses, uma libanesa, dois filipinos e nove malaios estao em poder dos guerrilheiros.

Esta é a missao mais delicada de Solana desde que ele assumiu as funçoes em 18 de outubro. O governo filipino assegurou no sábado a vários diplomatas europeus que nao vai ordenar nenhuma açao militar que possa pôr em risco as vidas dos reféns.




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