Um minuto foi suficiente para o Botafogo colocar o São Caetano bem próximo da zona de rebaixamento. Com um gol de Ruy, a 1min16seg, o clube carioca praticamente acabou com o sonho do Azulão de alcançar uma vaga na Copa Sul-Americana de 2006. A derrota desta quinta-feira à noite, por 1 a 0, na Ilha do Governador-RJ, foi péssima para a equipe do Grande ABC, que permanece na 15ªposição, com 44 pontos, apenas três a mais que o Figueirense, o 19º do Campeonato Brasileiro, dentro do grupo de descenso.

O Azulão foi com tudo para cima do adversário e sofreu com a falta de atenção. Ramon aproveitou o buraco na ala direita do São Caetano e tocou para o lateral Ruy. Com tranqüilidade, ele desviou na saída de Sílvio Luiz e marcou o primeiro gol com apenas um 1min16 de partida. A pressão carioca continuou forte.

A equipe do Grande ABC não se intimidou e, aos 11, quase empatou. Após cobrança de falta de Jean, Gustavo dividiu com o goleiro, a bola desviou em Rafael Marques e balançou a rede. O árbitro Márcio Resende de Freitas apontou falta do zagueiro e anulou o gol.

Os times mostravam vontade. Mais corajoso, o Azulão passou a dominar a posse de bola e, conseqüentemente, as ações da partida. A equipe da região abusava das jogadas aéreas. Na defesa – sempre mal posicionada –, Sílvio Luiz mostrava segurança e garantia o placar mínimo. O São Caetano teve a melhor chance aos 43, quando Somália aproveitou de cabeça um rebote do goleiro e Rafael Marques salvou em cima da linha.

Jair Picerni mudou no intervalo. Colocou o time mais à frente ao trocar Neto e Jean por Canindé e Dimba, respectivamente. Aos três minutos do segundo tempo, um susto. O goleiro Lopes, do Botafogo, dividiu com Gustavo, bateu a cabeça na trave e desmaiou. Nada grave. Atrás no placar, o São Caetano avançou suas peças e foi em busca da igualdade.

Mesmo com Edílson e Canindé na criação, a equipe do Grande ABC não chegava com perigo ao gol com Somália e Dimba. Numa das poucas oportunidades, aos 19, Somália recebeu livre de Thiago e, já com o goleiro caído, acertou a trave. Picerni queria o time mais agressivo e substituiu o ala Alessandro por Claudecir.

O Botafogo equilibrou o jogo, principalmente após a entrada de Alex Alves, que segurou o adversário no campo defensivo. Os cariocas usavam os contra-ataques rápidos pelas alas, enquanto o Azulão perdia inúmeras chances com Edílson, Somália e Dimba, que aos 43, sozinho, sem goleiro e embaixo da trave, errou o alvo para desespero de todos.