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Fabricante de extintores deve demitir

Resolução do Contran que tornou facultativo equipamento em carros fez derrubar encomendas

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
24/10/2015 | 07:07
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Edu Guimarães/Divulgação:


Trabalhadores da indústria metalúrgica Resil, de Diadema, fizeram assembleia ontem com o objetivo de se mobilizar contra resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) que acabou com a obrigatoriedade do uso do extintor nos automóveis de passeio. Isso porque a empresa, que produz esses equipamentos, viu cair fortemente as encomendas, após a decisão do órgão federal, de 17 de setembro, e se prepara para fazer demissões.

“Cerca de 60% a 70% da produção eram extintores para carros e as montadoras estão suspendendo os pedidos”, afirmou o diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Davi Carvalho. “A empresa não confirma o número de demitidos, mas podem chegar a 250 cortes”, afirmou. A Resil conta atualmente com 850 funcionários. O dirigente assinalou que a entidade dos trabalhadores vai se mobilizar para a revogação da medida, “para debater a necessidade ou não, com o governo, empresas e o movimento sindical”. “A obrigatoriedade (do extintor) gera empregos e salva vidas”, disse Carvalho.

Ele acrescentou que a intenção é até fazer ato em Brasília, para pressionar o Legislativo para a retomada da exigência do equipamento. A nova norma do Contran define que veículos comerciais que transportam passageiros e também para caminhões, ônibus e outros veículos que levam carga inflamável, líquida ou gasosa, ainda são obrigados a ter esses itens.  




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