Política Titulo Após um ano e meio
PT libera bancada na votação das contas dos anos de 2010 e 2011 do ex-prefeito e rival Aidan Ravin

Balancetes devem ser apreciados hoje na Câmara, com crivo favorável

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
22/10/2015 | 07:01
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O presidente da Câmara de Santo André, bispo Ronaldo de Castro (PRB), indicou que as contas de 2010 e 2011 do ex-prefeito Aidan Ravin (PSB) vão entrar hoje na ordem do dia para votação no plenário, após mais de um ano e meio de adiamento. O PT, principal partido de oposição à época do mandato socialista e com a maior bancada do Legislativo – são cinco vereadores –, liberou a ala na apreciação do parecer do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que deu relatório positivo aos balancetes, embora com ressalvas no primeiro exercício. Há sinalização que até mesmo petistas possam endossar o resultado, no máximo, se abstendo do crivo.

Líder da bancada do PT na Casa, o vereador Alemão Duarte sustentou que a sinalização do partido é votar “sem grandes problemas devido ao parecer favorável da Corte”. Para o petista, o grupo pode “ficar à vontade” se quiser votar junto ao órgão. “Estamos totalmente liberados. Há orientação até pela aprovação do tribunal. Não vejo problema em votar a favor, acho que é tranquilo. Se de fato for à votação avalio ser interessante limpar a pauta.”

Apesar de ambiente supostamente favorável a aval às suas contas, Aidan se reuniu com oito parlamentares na segunda-feira em pizzaria no município – convidou 16 ao todo. A proposta do encontro era aproximar relação e levantar o posicionamento na votação. Algumas presenças chamaram a atenção, como a de Tonho Lagoa (PRP), que integra a base de sustentação do governo Carlos Grana (PT). Além do componente governista, Toninho de Jesus (sem partido), Evilásio Santana, o Bahia (DEM), Ronaldo de Castro, Carlos Ferreira (PDT), Roberto Rautenberg (PTB), Marcos Pinchiari (Pros) e André Scarpino (PSB) compareceram ao ato.

O ex-prefeito precisa de apenas sete votos ao lado do TCE. Seriam necessários 14 votos contrários para derrubar o parecer do tribunal. Tonho negou que as contas tenham sido a pauta da pizzada. Segundo ele, o andamento das pré-candidaturas e pesquisas de intenção de voto permearam a discussão. “Estivemos juntos, mas não falamos da votação.”

Aidan foi o principal rival do PT nas duas últimas eleições à Prefeitura (2008 e 2012). Há avaliação interna da cúpula da sigla de que o socialista seria o cenário menos crítico para se enfrentar em eventual segundo turno do pleito de 2016. A tática à campanha deve se guiar pela municipalização da disputa, na tentativa de minimizar possíveis impactos da crise política enfrentada pelo governo federal, e, com esta estratégia, fazer o comparativo entre as gestões – Grana e ex-prefeito.  




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