Economia Titulo Bancos
Bancos elevam proposta, mas categoria rejeita e greve continua

Fenaban ofereceu um reajuste salarial de 8,75%,
índice abaixo da inflação acumulada em um ano

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
22/10/2015 | 07:04
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Claudinei Plaza/DGABC


Terminou sem acordo ontem a rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), que foi a segunda desde o início da greve da categoria, no dia 6. Os representantes das instituições financeiras elevaram a proposta de reajuste de 7,5% para 8,75%, mas a oferta foi rejeitada pelos trabalhadores. Outra reunião será realizada hoje à tarde na Capital. Enquanto isso, a paralisação continua em todo o País.

Apesar de os banqueiros terem melhorado a proposta, o índice apresentado ainda é inferior à inflação. No período de 12 meses até agosto, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ficou acumulado em 9,88%. O percentual de 8,75% seria aplicado em todas as cláusulas econômicas, como vales refeição e alimentação, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e auxílios. A reivindicação inicial da categoria é por reajuste de 16% (9,88% de reposição da inflação mais 5,7% de aumento real); PLR de três salários nominais mais parcela fixa de R$ 7.246; elevação do piso para R$ 3.299; vale-refeição de R$ 34,26 ao dia; e 14º salário, além de cláusulas de proteção ao emprego e mecanismos de combate ao assédio moral.

Inicialmente, a Fenaban propôs aumento de 5,5% mais abono de R$ 2.500 e PLR de 90% do salário-base mais parcela fixa no valor de R$ 1.939, limitado a R$ 10.402.

Ontem também foi realizada reunião dos funcionários da Caixa Econômica Federal com a direção do banco para tratar de reivindicações específicas. Também não houve acordo. As partes acertaram que farão outro encontro após o término das negociações gerais com a Fenaban.

GRANDE ABC - Na região, o 16º dia de greve teve adesão de aproximadamente 5.950 trabalhadores (de um total de 7.000), que cruzaram os braços em 342 agências (ao todo, são 400). As informações são do Sindicato dos Bancários do ABC. Em todo o Brasil, são 12,6 mil unidades de atendimento e 35 centros administrativos ficaram fechados ontem, de acordo com a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).

Durante a paralisação, os clientes precisam ficar atento à data de vencimento das contas. Isso porque, em caso de atraso no pagamento, a greve não será aceita como justificativa e, portanto, serão cobradas as multas por desrespeito ao prazo estabelecido.

Entretanto, mesmo com grande parte das agências fechada na região, os usuários do sistema bancário têm à disposição outros meios para efetuar as transações, como caixas eletrônicos, internet banking e aplicativos para celular. Também é possível pagar contas nos chamados correspondentes bancários, que são estabelecimentos autorizados a efetuar operações financeiras. Entre os locais onde é possível pagar faturas estão as casas lotéricas, supermercados e farmácias. 




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