A presidente do PV na bacia hidrográfica do Grande ABC, Vera Motta, enviou ofício para executiva estadual se comprometendo a lançar candidatos a prefeito em, no mínimo, três cidades da região. Santo André, São Bernardo e Mauá estão na lista.Em Diadema, o caso também está sendo estudado.

Nesta conjuntura, os holofotes se voltam para Ribeirão Pires, único município do Grande ABC comandado pelo partido. "O (Clóvis) Volpi tem a tarefa de eleger sucessor, isso se ele quiser continuar tendo força dentro do partido", declarou a presidente. A aposta da sigla é a administração que o verde tem feito. "Esperamos que dentro dessa boa avaliação, ele garanta a sucessão".

Atualmente, são quatro cotados para concorrer ao Paço de Ribeirão Pires com apoio do chefe do Executivo: Nonô Nardelli e Rosi de Marcos, ambos do PR; Edinaldo de Menezes, o Dedé, do PPS; e o presidente da Câmara, Gerson Constantino, do PV. "A orientação não é uma coisa militar, claro que se não for seguida é preciso ter bela justificativa", pontuou Vera.

Por outro lado, Volpi ressaltou que há grupo governista composto por uma série de partidos e que, por isso, não pode deixar ninguém de lado.

A questão causou bate-boca entre os verdes de Ribeirão Pires e Vera durante reunião partidária, no gabinete do Volpi, dia 27. Especula-se que o prefeito teria dito que deixaria o PV. O denominador comum entre as partes parece estar distante. "Tanto faz o PV ser cabeça de chapa ou vice. A coordenação não pode impor isso. Cada cidade terá sua peculiaridade", defendeu o presidente do PV em Ribeirão Pires, José Valentim Seraphim. Nos bastidores circula informação que os verdes teriam que se conformar com a vaga de vice.

Apesar da situação delicada, Vera acredita que o candidato de Volpi será do PV. "Um prefeito que fica oito anos e não faz sucessor é porque não tem compromisso com seu partido ou quer voltar daqui a quatro anos. Mas acredito que o nosso prefeito possua comprometimento com a questão regional", cutucou.