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Chefe de segurança palestina aceita destituição
Das Agências
04/07/2002 | 12:10
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Coronel Rajub aceita demissão enquanto Israel se instala na Cisjordânia O chefe de um serviço de segurança palestino na Cisjordânia, o coronel Jibril Rajub, finalmente aceitou com dificuldade sua destituição decidida pelo presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, enquanto o Exército israelense continuava nesta quinta-feira suas operações, preparando-se para ficar muito tempo na Cisjordânia.

Depois de tê-la desmentido, o chefe da segurança preventiva palestina na Cisjordânia, coronel Rajub, disse que aceitava sua destituição, decidida pelo presidente da Autoridade Palestina.

"Respeito esta decisão e vou aplicá-la". Ele contou ter sido destituído de suas funções "de maneira desonrosa", já que, segundo ele, afirmou ter sido informado da decisão de Arafat por meio de um "serviço de inteligência de um país árabe".

Rajub se negava até agora a aceitar a decisão, afirmando não ter sido informado da mesma oficialmente. Azzam al-Ahmed, ministro de Obras Públicas palestino, tinha dito na terça-feira passada que o coronel Rajub foi substituído em seu cargo pelo ex-governador de Jenin, Zuher Manafrah, que imediatamente confirmou ter assumido a função.

No plano militar, o general israelense Yitzhak Eitan, comandante da região militar Centro, que compreende a Cisjordânia, confirmou a rádio militar que a operação em curso neste território ia "se prolongar".

Eitan se negou a evocar um limite de tempo. Na véspera, o primeiro-ministro Ariel Sharon afirmou que o Exército israelense permaneceria muito tempo nas sete cidades da Cisjordânia reocupadas por Israel no dia 19 de junho, marco da operação lançada em resposta aos dois atentados mortais em Jerusalém.

Os prefeitos de Ramallah e El-Bireh, duas cidades palestinas vizinhas, anunciaram nesta quinta-feira rejeitar a proposta de Israel de participar da gestão dos assuntos municipais.

"Os israelenses nos convocaram e nos pediram nomes dos responsáveis pela limpeza das ruas e o número de veículos municipais, mas nós nos recusamos a dá-los", afirmou o prefeito de El-Bireh, Walid Hamad.

Por outro lado, o ministro israelense sem pasta, Effi Eitam (extrema-direita), pediu o assassinato do presidente palestino e chefe do Fatah (movimento de Arafat) na Cisjordânia, Marwan Barghouthi, atualmente preso em Israel.

"Por que Barghuthi está sendo interrogado? Devem levá-lo a campo e meter uma bala na sua cabeça", disse Eitam, chefe do Partido nacionalista religioso (PNR 5 deputados), citado pelo jornal. "Arafat é um assassino demente que tem que ser morto", acrescentou o ministro de extrema-direita, que fez um discurso numa sinagoga em Tel Aviv.(AFP)

Por último, sete palestinos ficaram feridos nesta quinta-feira quando um tanque israelense abriu fogo contra a "lotação" no qual viajavam próximo de Nablus (Cisjordânia), segundo fontes palestinas.




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