As pequenas María del Carmen e María del Rosario Avila Reyes, que se encontram unidas pelo tórax e abdome, foram levadas nesta quarta a Lima procedentes da cidade de Sullana, onde nasceram, e imediatamente internadas no Instituto de Saúde da Criança.

Elas chegaram acompanhadas de três familiares, um médico e duas enfermeiras que lhes aplicavam soro, e dentro de uma incubadora conectada a um balão de oxigênio.

Um dos familiares, Antenor Reyes, irmão da mãe das siamesas, declarou que o estado das meninas "é estável e de melhora", segundo informaram os médicos em Sullana.

"Eles também nos disseram que elas poderão ser separadas sem que exista risco para alguma delas. Têm apenas um fígado mas cada uma poderá viver com uma parte desse fígado", acrescentou.

Horas antes, o diretor do Hospital Regional de Sullana, Mario Romero Castro, informou que as meninas têm sistemas cardiovasculares independentes e, aparentemente, também têm o sistema gastrintestinal independente.

Romero afirmou, no entanto, que é necessário submeter as meninas a tomografias e estudos angiográficos para confirmar os exames iniciais e realizar outros mais minuciosos.

A mãe das siamesas, Norma Reyes, não chegou a Lima com suas filhas porque continua internada no hospital de Sullana, se recuperando do parto.

Antenor Reyes disse que sua irmã deseja que as filhas sejam separadas no American Hospital Children dos Estados Unidos, onde no, último dia 6, foram separadas as siamesas guatemaltecas María Teresa e María de Jesus Quiej Álvarez, que eram unidas pela cabeça.

Para isso, segundo afirmou, os pais das siamesas solicitarão ajuda ao presidente peruano, Alejandro Toledo, e da primeira dama, Elliane Karp, a quem também escolheram como padrinhos das meninas.

As meninas nasceram pesando 2 quilos 50 gramas e 2 quilos e 40 gramas, respectivamente.