Alexandrov embarcou para a Europa com o restante da delegação brasileira na última terça-feira. Lá, a equipe está terminando a preparação para o Mundial de Glasgow, na Escócia. A competição será disputada na semana que vem e garante oito vagas para os Jogos do Rio-2016.
Na última segunda-feira, o técnico comandou a última atividade no Rio. A seleção treinou no CT Time Brasil, inaugurado no ano passado. "Este ginásio é ótimo para desenvolver a coordenação, mas temos de fazer mais espaços como esse", comentou Alexandrov.
A falta de estrutura e de investimento na base são apontados pelo treinador como principal obstáculo. "A gente tem de focar na base, nas crianças. É preciso construir centros e motivá-las. Só assim que a ginástica vai crescer realmente".
O diagnóstico é baseado no exemplo de outros países, sobretudo os europeus. "A maioria dos países de ponta possui uma equipe de juniores. É ela que, quando cresce, substitui a principal", disse o técnico. E antes mesmo de o Brasil garantir a vaga por equipes nos Jogos do Rio, ele já demonstrou preocupação com a seleção que brigará por classificação para a Olimpíada de Tóquio, em 2020. "Tem de começar a resolver isso agora".
A questão da formação de atletas foi um dos problemas que Alexandrov se deparou quando chegou ao Brasil. "Tive de ir até o básico da ginástica com essas meninas, mesmo elas já sendo atletas de equipe principal", comentou. "Foram questões de base, técnicas e coreográficas".
Outro empecilho é a falta de professores. "Meu objetivo principal é passar tudo o que eu já vivi no esporte para os treinadores brasileiros. Agora depende de aparecer novos treinadores, porque ter apenas três ou quatro no País é muito pouco".
Apesar disso, ele elogia o nível da equipe feminina e aposta no potencial. "As brasileiras têm desenvoltura e estrutura física", avaliou. "Nesses dois anos a ginástica subiu muito para o Brasil. Todos estão fazendo um bom trabalho".
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