Em Mauá, ninguém mais tem dúvidas de que a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) entrará na disputa pelo comando da cadeira principal do Paço Municipal, no ano que vem. No meio político, o que se fala é que o desgaste sofrido pelo prefeito Oswaldo Dias (PT), por conta das desastrosas declarações e ações tardias junto a desabrigados por conta das chuvas poderá influenciar o pleito de 2012. Entre os trunfos de Vanessa na eleição estão sua aproximação com o governo estadual e a obtenção de kits emergenciais obtidos por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado aos moradores de áreas atingidas. Mas a principal arma da parlamentar no pleito pode estar em casa: a peemedebista já cogita a hipótese de lançar o nome do pai, o ex-prefeito Leonel Damo, que ainda está sem partido, para sair a vereador e puxar votos para a provável prefeiturável. Apesar de Damo ter deixado a Prefeitura com baixa aprovação, a ideia é aproveitar o recall dos que sempre votam no político veterano. Se a estratégia der certo, eles estarão invertendo o cenário da eleição de 2004, quando Vanessa se elegeu vereadora e Damo pleiteou a Prefeitura e assumiu a cadeira um ano depois, após disputa judicial com o então adversário Márcio Chaves (PT).

Goela abaixo

O início de 2011 na Câmara de São Caetano não tem sido em águas calmas, como tradicionalmente ocorre. Tem causado desconforto entre os vereadores o fato de a presidência das comissões permanentes já estar definida: Gersio Sartori (PTB) na Justiça e Redação, e Joel Fonte (PMDB) nas Finanças e Orçamento. O impasse está no fato de o comando dos grupos já estar definido sem ter ocorrido reunião entre os três parlamentares de cada comissão, conforme o artigo 40, parágrafo 5, do Regimento Interno. Em jogo está o maior poder de articulação por parte dos presidentes das comissões. Essa disputa interna promete ser quente.

De novo nas urnas

O vice-presidente da Gestão Empresarial do Santo André, Romualdo Magro Júnior (PSB), que não conseguiu se eleger deputado estadual, já tem planos para a disputa do ano que vem: sairá candidato a vereador. A definição agora é se será pelo PSB ou se mudará de legenda para ter mais espaço. Enquanto isso, o cartola mantém aproximação com o neocacique socialista, o deputado federal Gabriel Chalita. Romualdo prestigiou a posse em Brasília do ex-secretário estadual, que garantiu que será candidato a prefeito de São Paulo.