Em processo de separação, o PV de Diadema e o prefeito Mário Reali (PT) não falam a mesma língua nem quando o assunto é exoneração. A presidente municipal do PV, Denise Ventrice, protocolou ontem pedido de seis exonerações. "Temos somente esses cargos e já apresentei as demissões", garantiu. Por outro lado, fontes do Executivo ouvidas pelo Diário garantem que são mais de 40 cargos.

Denise afirmou que a informação é "um factoide". "Não condiz com a verdade. Eles podem falar isso para trazer mais alianças, dando impressão que há muitas vagas na administração", salientou.

A verde estava lotada na Secretaria de Assuntos Jurídicos. Os outros comissionados estavam na Pasta de Meio Ambiente. "Nos sentimos acuados pelo que foi veiculado na imprensa (informações que Reali exoneraria os comissionados do PV). Achamos que seria melhor sair do governo", disse. A Prefeitura informou que o chefe do Executivo vai analisar as demissões nos próximos dias.

Ricardo Souza, secretário de Meio Ambiente, pediu desfiliação da legenda para continuar na Pasta. "Ele tem projetos particulares e sou obrigada a entender", disse Denise.

Postas abertas - O PSB tem se aproveitado da exoneração de integrantes do PV para filiá-los aos quadros socialistas e, assim, dar musculatura ao partido e sustentá-los na administração. Indagado se a manobra seria troca de partido para não perder o cargo, o vereador Vaguinho do Conselho argumenta que "o PV inchou". "Os pré-candidatos deles não têm mais espaço. O PSB está acolhendo."