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Morre último dos soldados que fincaram bandeira dos EUA em Iwo Jima
Da AFP
25/06/2007 | 19:42
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Charles W. Lindberg, um dos marines que fincaram a primeira bandeira americana na ilha japonesa de Iwo Jima, na Segunda Guerra Mundial, faleceu domingo em Minnesota aos 86 anos. Ele era o último sobrevivente deste grupo e passou grande parte da vida criticando uma das fotos mais reproduzidas da história americana.

O fotógrafo da AP (Associated Press) Joe Rosenthal ganhou um Prêmio Pulitzer por esta fotografia de seis homens cravando a segunda bandeira dos EUA na parte de cima do vulcão. A imagem, reproduzida em pôsteres, selos e capas de periódicos e revistas, transformou-se em um símbolo de valentia e vitória.

Lindberg lutava para rebater o mito que se criou a respeito dela. Ele queria que as pessoas soubessem que a batalha não havia terminado no momento em que o grupo cravou a bandeira. O então marine foi seriamente ferido uma semana depois, e a batalha continuou por quase um mês, custando a vida de cerca de 7 mil americanos e 20 mil soldados japoneses.

O soldado também lutou para ser reconhecido por seu esforço para colocar a primeira bandeira na escalada do Monte Suribachi. Lindberg carregou cinco galões de gasolina nas costas e atirou nos túneis nos quais os japoneses se escondiam, enquanto sua patrulha se arrastava para cima da montanha com a primeira bandeira. “Colocamos a bandeira no mastro, carregamo-lo até o ponto mais alto que encontramos e o levantamos. Então, a ilha ganhou vida. As tropas começaram a cantar vitória, as sirenes dos navios começaram a soar, foi um momento de orgulho”, contou.

Quatro horas depois, colocaram uma bandeira maior, e os marines retratados na foto viraram heróis nacionais. Lindberg soube disso quando voltou aos EUA, com um braço destroçado. “Quando voltei para casa e comecei a falar sobre isso, chamaram-me de mentiroso e de tudo mais. Foi horrível”, lembrou.

Lindberg continuou contando sua versão da história e, finalmente, obteve o reconhecimento que desejava, reunindo-se com o presidente Richard Nixon e, anos depois, com Bill Clinton. Também foi convidado para a inauguração do monumento a Iwo Jima na periferia de Washington, embora este tenha sido criado com base na imagem da segunda bandeira hasteada, que não lhe fazia justiça.




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