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Centros dos Correios registram grandes filas

Moradores do Grande ABC têm horário limitado para retirar produtos e cartas durante a greve

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
23/09/2015 | 07:08
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Claudinei Plaza/DGABC


Os dois CEEs (Centros de Entrega de Encomendas) e os 35 CDDs (Centros de Distribuição Domiciliar) do Grande ABC registraram ontem filas extensas dos moradores na tentativa de retirar objetos e correspondências, já que boa parte da entrega está paralisada, devido à greve.

Com horário de atendimento reduzido, das 10h às 14h, caso do CEE de Santo André, na Travessa Santo Amaro, a população se alinhava do lado de fora do centro, na calçada, debaixo de sol forte, na expectativa de conseguir levar para casa o item procurado. “É importante chegar mais cedo, antes do início do atendimento, por conta da fila”, orienta o secretário-geral do Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios, Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e Zona Postal de Sorocaba) Ricardo Adriani, o Peixe. “Entendemos o transtorno que estamos gerando às pessoas, e pedimos desculpas, mas temos de exercer nosso direito de greve para conseguir um reajuste mais digno. Afinal de contas, tudo sobe, a cebola, a carne. E o trabalhador não pode pagar pela crise.”

Quem mora em Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra pode se dirigir ao CEE andreense. Porém, um painel no portão avisa que as mercadorias e Sedex estão sendo entregues. O diretor do Sintect-SP no Grande ABC, José Luiz de Oliveira, pontua que quem puder esperar, que o faça, já que o efetivo no local está reduzido de 80 para seis carteiros. Agora, se estiver aguardando algo urgente, como passaportes e documentos pessoais ou de carro, que vá retirar. Neste caso, em que se tratam de cartas registradas, a busca deve ser feita no CDD mais próximo da residência. Isso vale para todas as sete cidades.

As pessoas que querem pegar encomendas e moram em São Bernardo e Diadema devem ir ao CEE de São Bernardo, na Av. Wallace Simonsen. Os moradores de São Caetano terão de ir a São Paulo, no CEE Saúde, na Rua Boqueirão, para buscar os objetos.

GREVE - Os funcionários dos Correios estão com os braços cruzados há oito dias no Grande ABC, onde cerca de 1.500 atuam. Na sexta-feira, às 15h, haverá audiência de conciliação no TST (Tribunal Superior do Trabalho). Na segunda, às 10h, assembleia será realizada para votar a proposta.

Segundo os Correios, o sindicato de Brasília aceitou na segunda a proposta de correção de R$ 200 em forma de gratificação, sendo R$ 150 mensais retroativos a 1º de agosto, mais R$ 50 a partir de janeiro do ano que vem. Peixe pondera que, ontem, o de Sergipe aderiu. Ao todo, portanto, 20 entidades estão em greve, e 16 dos 36 aceitaram o aumento. “Se os R$ 150 fossem incorporados aos salários, valeria a pena. Precisamos de um reajuste que cubra a inflação integralmente e dê aumento real. Nossa renda é muito baixa”, afirma. Na região, o rendimento médio dos empregados é de R$ 1.300.
 




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