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Cesta básica tem alta de R$ 7,50 em duas semanas

Quilo da batata aumenta em 44,58% e do tomate sobe 10,35% devido ao clima seco

Marina Teodoro
Especial para o Diário
18/09/2015 | 07:07
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Em duas semanas, o valor total da cesta básica subiu R$ 7,50, conforme registrado na pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integral de Santo André), e o conjunto de 34 itens de primeira necessidade é vendido a R$ 497,99. O levantamento é feito em 17 supermercados em seis cidades da região com base nos gastos mensais de uma família de quatro pessoas.

É importante ressaltar que a comparação desta semana foi feita com base na primeira semana de setembro, para uma apuração mais justa, já que na pesquisa feita há sete dias os preços foram consultados em uma quarta-feira, dia de muitas ofertas nos estabelecimentos de venda.

Um dos motivos que deixaram o valor total mais caro foi o clima seco. A escassez de água afetou o cultivo da batata, que deveria ter preço mais acessível nesta época do ano. “Como quase não tem chovido, e o plantio depende de irrigação, essa prática pode ter encarecido para o agricultor, que repassou o aumento ao consumidor”, explica o coordenador da pesquisa da Craisa, o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto.

Para se ter ideia da inflação da batata, um saco de 50 quilos, que antes era encontrado por R$ 60, hoje está custando R$ 100. “No primeiro semestre, o quilo chegou a valer R$ 6, o que era muito caro. Esperávamos que abaixasse agora”, afirma Benedetto. O preço médio do alimento está em torno de R$ 4,67.

O tomate foi outro vilão da semana. A alta de 10,35% também não era esperada. A justificativa do engenheiro agrônomo é relacionada, além da estiagem, aos diversos tipos do produto, que estão disponíveis no mercado, e acabam sendo contabilizados no estudo, desequilibrando a cesta. O quilo da fruta está R$ 4,05. “No início da nossa pesquisa, há dez anos, só havia o tomate tipo salada. Hoje são muitos, e em alguns mercados, situados em bairros mais nobres, só são vendidos os tipos mais caros, como Carmen e Débora.”

Os produtos de higiene pessoal também devem começar a subir a partir deste mês. “Durante muito tempo, esse setor estava estável. E, neste segundo semestre, é possível que comece a subir, para equilibrar a inflação”, prevê Benedetto.

EM QUEDA - Já a alface caiu 14,52% em duas semanas. Encontrada a R$ 1,53, está em ótimo momento para consumo e cultivo. A cebola também continua em queda, porém permanece cara na visão do especialista. “No ano passado o valor não ultrapassava os R$ 3. Hoje a média ainda está longe deste preço, saindo a R$ 4,62.”

A notícia boa da semana fica por conta do leite. Com queda de 7,08%, o litro sai em média a R$ 2,23. Para o coordenador da pesquisa, “há muitas marcas competindo hoje no mercado. Essa disputa é boa para diminuir o preço”.

A carne bovina não apresentou grandes variações. O quilo dos cortes nobres sai a R$ 23,02, subindo 0,82%. Já os pedaços da dianteira do animal aumentaram 0,51%, saindo a R$ 15,61. 




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