Setecidades Titulo Anchieta-Imigrantes
Mais da metade dos passageiros do banco traseiro não usam cinto
Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
18/09/2015 | 07:00
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Mais da metade dos passageiros dos bancos traseiros dos veículos que circulam pelas rodovias administradas pela Ecovias não usam cinto de segurança. Segundo pesquisa divulgada ontem pela Artesp (Agência Reguladora do Estado de São Paulo), embora o uso tenha melhorado em relação a dezembro de 2014 – passou de 63% para 52% dos passageiros –, o índice de não uso no banco de trás dos carros que passam pelo SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes) está bem acima da Grande São Paulo, onde o percentual caiu de 53% para 33%.

No Estado, o número de ocupantes do banco traseiro que não usam o equipamento teve queda de 54% para 38% no período. “Não é trabalho simples, porque interfere nos hábitos da população. Durante a campanha, iniciada em janeiro, percebemos que muita gente nem sabia da obrigação”, destaca o diretor-geral da Artesp Giovanni Pengue Filho. Trafegar sem o item é considerado infração grave pelo Código Brasileiro de Trânsito e resulta em multa de R$ 127,69 por ocupante irregular.

A pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 23 de agosto nas praças de pedágio das rodovias sob concessão por meio da observação dos ocupantes de aproximadamente 18,3 mil veículos que pararam nestes pontos. Não houve levantamento junto às vias administradas pela SPMar – trechos Sul e Leste do Rodoanel.

A Artesp intensificará a campanha de conscientização que visa a diminuição dos índices a partir de hoje, quando terá início a Semana Nacional do Trânsito, que vai até o dia 25. “Além de filme, peças publicitárias e panfletos, temos simulador de impacto que reproduz batida a 5 km/h para que as pessoas tenham a sensação dos danos que podem ser causados por um acidente quando estamos sem cinto. Esse equipamento já percorreu 42 municípios e mais de 16 mil pessoas utilizaram”, destaca Filho.

Segundo o diretor-geral da Artesp, há projeção de queda na quantidade de mortes nas estradas paulistas. Em 2014, foram 1.089 óbitos e a tendência é que o número de vítimas fatais seja de 850 até dezembro. “No mundo ideal a taxa seria zero, mas há dificuldade em lidar com o fator humano”. Dados relativos à Medicina de tráfego apontam que o uso do cinto no banco traseiro pode reduzir em até 75% o risco de mortes em acidentes.

Vale lembrar que o cantor sertanejo Cristiano Araújo e sua noiva, Allana Moraes, morreram, em junho, em acidente de carro em Goiás e, conforme investigações, estariam sem cinto.
 




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