O vice-prefeito Joel Fonseca saiu na última quinta-feira do comando da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e em breve, também deixará a diretoria da ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema), cargo que ocupa interinamente. “Vou voltar à função de vice-prefeito, indo para o Paço. O prefeito José de Filippi Júnior está sobrecarregado, com a presidência do Consórcio Intermunicipal, e o acompanhamento da situação da Saúde”, afirmou Fonseca nesta segunda-feira.

O petista retoma o posto de vice com a missão de articulador político do prefeito, com os olhos voltados para a eleição do ano que vem. “Vou trabalhar as questões políticas com os partidos, e consolidar o apoio político para o futuro”, disse.

Quem sucede o vice à frente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico é Humberto Domingos, diretor da Pasta, que assumiu o posto no final da semana passada. Quanto à ETCD, não há ainda uma definição para o comando. “Não vou continuar, cumpri o meu papel de negociação, foi um processo que envolveu toda direção da empresa”, garantiu Fonseca, ao acrescentar que essas mudanças dependem da decisão do prefeito. O vice está substituindo a diretora Denise Ziober, que está de férias.

Acordo – Fonseca esteve nesta segunda-feira em Brasília, para apresentar ao ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Francisco Fausto, o acordo fechado com os trabalhadores da ETCD sobre diversos itens, como o reajuste salarial de 6% retroativo. A proposta foi homologada pelo Tribunal. “O resultado da assembléia com os funcionários foi consolidado. Este acordo pode ser absorvido pela empresa. Foi bom para os dois lados e ai de quem não cumpri-lo”, garantiu.

O PDV (Plano de Demissão Voluntária), proposto pela direção da empresa com a aprovação dos trabalhadores, começa a valer a partir da homologação. “O PDV será acompanhado pela direção. Vamos avaliar caso a caso, dialogando com os funcionários”, explicou.

O projeto de fechar a empresa e passar as linhas para a iniciativa privada, que chegou a ser cogitado pelo prefeito há poucos meses, foi totalmente descartado com o acordo. “A ETCD vai continuar pública, pelo menos até o final do mandato do Filippi. O acordo com os funcionários afastou essa ameaça”, afirmou Fonseca. Para ele, a empresa, que enfrenta um endividamento da ordem de R$ 38 milhões, pode se recuperar no futuro com a frota nova e com a promessa de crescimento econômico.