Política Titulo Movimentação
Márcio Chaves pode deixar PT de Mauá

Ex-vice-prefeito já teria ensaiado ingresso no PSB ou PTB para compor chapa de oposição na cidade

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
10/09/2015 | 07:13
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André Henriques/DGABC


Ex-vice-prefeito de Mauá, Márcio Chaves pode deixar o PT para compor chapa de oposição ao prefeito Donisete Braga (PT) na eleição de 2016. O petista nega, mas já teria ensaiado ingresso no PSB e PTB para, inclusive, ser candidato a vice do ex-prefeito de Ribeirão Pires Clóvis Volpi (deve se filiar hoje ao PSDB), que já anunciou que vai concorrer ao Paço mauaense.

Ninguém do PT local tem informações oficiais sobre o futuro político do petista, que foi o número dois do Paço nas duas primeiras gestões de Oswaldo Dias (PT, entre 1997 e 2004). Desde que Donisete assumiu a Prefeitura, Márcio Chaves nunca se aproximou do governo. O petista chegou a recusar convite do correligionário para assumir cargo com status de secretário.

“Honestamente, ainda não pensei nisso (sobre deixar o PT e se candidatar no próximo ano)”, sintetizou o petista, que não negou possível saída do petismo e admitiu ter conversado informalmente com várias legendas. “Foram conversas de padaria”, garantiu. “No momento, continuo focado na minha atuação profissional”, frisou o ex-vice-prefeito, que é dono de empresa que presta consultoria ao poder público e ao setor privado. O petista também não disse se disputaria vaga na Câmara.

A possível ida de Márcio Chaves ao campo oposicionista trouxe à tona divergências que o ex-vice-prefeito teve com Oswaldo e Donisete em eleições passadas. Na disputa nacional de 2006, a pedido do ex-prefeito, Márcio abriu mão de se candidatar a deputado federal e apoiou a candidatura de Oswaldo, que recebeu 84.449 votos (66.321 só em Mauá) e ficou como suplente. Como recompensa, receberia apoio incondicional para ser o candidato do PT a prefeito dois anos mais tarde, para buscar devolver ao PT o comando do Paço. Em 2007, porém, Oswaldo disputou prévias com ex-companheiro de chapa e levou a melhor – venceu em 2008 e governou a cidade até 2012. Pior: viu seu então pupilo Donisete, que foi seu assessor na Câmara quando vereador, pedir votos ao ex-chefe do Executivo. Naquela época o hoje prefeito estava no primeiro mandato como deputado estadual.

Na eleição seguinte, em 2010, lançou-se candidato à Assembleia Legislativa em detrimento da candidatura à reeleição de Donisete. A empreitada, porém, não surtiu efeito. Márcio Chaves obteve 21.698 votos, enquanto o hoje prefeito foi lembrado por 105.436 eleitores.

Se a opção pelo PTB se concretizar, há chances de Márcio compor chapa a ser encabeçada por Volpi, no PSDB. O ex-prefeito, que oficialmente ainda figura nos quadros de filiados do partido, já demonstrou interesse em ter a legenda no arco de aliança. A saída harmônica do futuro tucano da legenda petebista favorece a união das duas legendas em 2016.




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