As bandas de hardcore Nitrominds, de Santo André, e Bambix, da Holanda, fazem show neste sábado em São Paulo no Hangar 110, dando seqüência à turnê que começou em Santos na quinta-feira e passaria sexta por Belo Horizonte. É o início de uma troca de gentilezas que vai levar a banda andreense em outubro deste ano para nova série de shows na Europa. Depois de São Paulo, os shows com a Bambix serão realizados em Jundiaí amanhã, São Paulo novamente no dia 11, e depois em Campinas, Niterói, Macaé, Rio, Taubaté, Curitiba e Florianópolis.

Bem que os músicos da Nitrominds tentaram incluir um show em Santo André nessa turnê, por ocasião das comemorações do aniversário da cidade. “Queríamos fazer no Centro, na Concha Acústica, de graça, mas não houve possibilidade. Já conseguimos tocar na Europa, mas tocar por aqui é difícil”, diz André Alves, guitarrista e vocalista da banda. Ele se refere à turnê de novembro de 2000, quando o trio, também formado por Lalo (baixo) e Edu Nicolini (bateria), apresentaram músicas do segundo CD Time to Know.

A ligação dos andreenses com a Bambix começou ano passado, quando o grupo holandês veio ao Brasil em sua primeira viagem internacional no lançamento de seu CD what’s in a name. “Comprei o CD deles e começamos a nos corresponder. Apresentei o som para um empresário que os trouxe para fazer uma turnê promocional”, diz André.

Originalmente, era uma banda de garotas nos anos 90 e hoje conta com um rapaz entre as mulheres. Willia, guitarra, vocal e fundadora do grupo, e Janneke, baixo, atuam nesta atual formação com o baterista Peter. Há ainda uma expectativa de participação das duas bandas no programa RG da TV Cultura no próximo dia 10.

Depois das apresentações no Brasil, os dois grupos devem excursionar entre outubro e novembro na Holanda, Alemanha, Suíça, Áustria, por onde passaram ano passado, e Bélgica, país onde o Nitrominds estréia. Durante todas as apresentações, os shows serão realizados em diversos locais: danceterias, pubs e squats (casas abandonadas convertidas em centros culturais pelos punks europeus). O cachê é suficiente para transporte, boa parte do trajeto dentro dos países é feito em vans, e hospedagem, geralmente nos próprios locais dos shows.