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Funcionários públicos de São Bernardo estão insatisfeitos com plano médico
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
09/10/2010 | 07:15
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A alteração do convênio médico de funcionários públicos de São Bernardo ligados ao Imasf (Instituto Municipal de Previdência e Assistência ao Funcionalismo) tem causado dor e transtornos aos beneficiários do plano básico. Desde que as carteiras ficaram a cargo da Green Line, no dia 1º, os conveniados reclamam da falta de atendimento e da desorganização, situações que já teriam sido as responsáveis, inclusive, por duas mortes.

Revoltados, dezenas de funcionários reuniram-se ontem na sede do Sindserv (Sindicato dos Servidores) da cidade para tirar em assembleia medidas que assegurem boa qualidade na prestação do serviço.

A insatisfação se dá prioritariamente pela falta de informações. Acostumados a serem atendidos no Hospital São Bernardo (único posto de pronto-atendimento da rede credenciada), os conveniados alegam que, após a troca da operadora do serviço (de CMI para Green Line), a unidade hospitalar se negou a receber os pacientes.

O quadro mudou às 14h de ontem, quando a prestadora resolveu impasse burocrático com o hospital. "Oferecer atendimento aos conveniados e dependentes (que somam 27 mil pessoas) no local consta no edital da licitação vencida pela Green Line", alega o presidente do Sindserv, Carlos Roberto da Silva, o Keto.

Quanto à acusação de familiares de que duas pessoas morreram em virtude de falta de atendimento, o líder sindical disse que o Sindserv está apurando os fatos. "Ainda não podemos afirmar que chegaram ao óbito por omissão de socorro."

Paralelamente ao imbróglio, o prefeito Luiz Marinho (PT) notificou ontem o superintendente e presidente do Conselho de Administração do Imasf, Ovídio Prieto Fernandes, a "adotar medidas necessárias tendentes a garantir atendimento médico adequado aos segurados do Instituto."

Na nota, o chefe do Executivo afirma que as recentes ocorrências configuram "negligência e omissão por parte da diretoria do Imasf".

Na assembleia, os servidores aprovaram três encaminhamentos: a formulação de abaixo-assinado para que tenham direito a voto na eleição de escolha da direção do Imasf, em novembro; retomada das negociações com a Prefeitura para adotar plano de saúde único para a categoria (hoje existem, além do básico, o intermediário e o especial, geridos pelo próprio Imasf); e prazo de 30 a 60 dias para avaliação da Green Line. "Se não melhorar, teremos de tomar posição e tirar a Gren Line daí", exaltou Keto.




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