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Arquiinimigos disputam Diadema
Karen Camacho
Da Redaçao
16/10/1999 | 20:41
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A pouco menos de ano das eleiçoes municipais, Diadema já assiste à disputa mais acirrada da regiao pelo poder na Prefeitura. Pré-candidatos declarados, um prefeito e dois ex-prefeitos travam a batalha mais "sangrenta" e, ao mesmo tempo, equilibrada das sete cidades da regiao, até agora. Todos de partidos de esquerda, eles apelam à Justiça, trocam farpas e acusaçoes e antecipam o provável tom que vao dar à campanha no ano que vem.

A principal arma utilizada pelos pré-candidatos tem sido o Ministério Público. As denúncias, novas ou ressuscitadas, acabam resultando em açoes, processos e ataques que partem de todos os lados também para todos os lados no meio político do município.

De acordo com o atual quadro e, se nao houver surpresa, a briga vai ficar entre o atual prefeito Gilson Menezes, que é nome do PSB, e os dois deputados estaduais que também já estiveram no comando da cidade e pretendem retornar: José de Filippi Júnior, virtual candidato petista, e José Augusto da Silva Ramos, que deve disputar pelo PPS.

Mais do que adversários nas urnas e sucessores um do outro, os três sao arquiinimigos políticos entre si, e antigos. A rivalidade nessa ciranda se explica pela história política de cada um deles.

Em 1988, José Augusto provocou a saída de Gilson do PT, segundo o ex-petista, e venceu as eleiçoes municipais, sucedendo Gilson, que nao concordava com sua candidatura a prefeito. Em 1992, José Augusto elege Filippi seu sucessor. Depois de uma campanha fracassada, Filippi, em 1997, acaba provocando a expulsao de José Augusto do PT. No mesmo ano, Gilson começa seu atual mandato pelo PSB.

Para o ano que vem, os partidos se preparam para a guerra. O PPS de José Augusto nunca esteve em situaçao tao favorável, segundo ele. A legenda está crescendo em todo o país e conseguiu que cinco vereadores debandassem para o ninho socialista, três deles vindos do PT. A sigla conseguiu ainda o apoio do PDT, que na última eleiçao garantiu quase 15 mil votos para Gilson.

O PSB, que pretende reeleger Gilson, já se articula em reunioes e congressos e pretende realizar um plebiscito para saber a opiniao dos 220 mil eleitores diademenses sobre a candidatura do atual prefeito, proposta feita pelo próprio prefeito e acatada pelo presidente do diretório, Walter Matubara.

Já o PT de Filippi aposta tudo na uniao do partido e trabalha em busca de falhas dos seus adversários. Segundo Filippi, o partido pretende realizar audiências públicas para saber as prioridades do eleitorado.  Pesquisas de intençao de voto também estao nos planos dos pré-candidatos. Mas os três partidos vao esperar até fevereiro.




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