Economia Titulo Oportunidade
Construção civil abre 604 vagas na região no mês de julho

Essa é a primeira vez no ano em que o saldo fica positivo; desde janeiro houve 4.021 demissões

Marina Teodoro
Especial para o Diário
02/09/2015 | 07:18
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Claudinei Plaza/DGABC


Pela primeira vez no ano, o nível de emprego na construção civil no Grande ABC apresentou variação positiva. Em julho, foram abertas 604 novas vagas na região, totalizando 44.920 empregados trabalhando no setor. O volume do estoque está 1,36% maior do que em relação a junho, conforme levantamento realizado pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).

Dentre as regionais avaliadas no Estado de São Paulo, Santo André, que representa as sete cidades, foi a única que fechou o mês com saldo positivo. São Bernardo teve maior número de vagas abertas, com 260 novos empregos. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Bernardo e Diadema, Admilson Lucio Oliveira, as contratações se devem às obras públicas que estão sendo realizadas na cidade, como a construção do piscinão do Paço municipal, e galerias construídas sob a Rua Jurubatuba e a Avenida Aldino Pinotti, com o intuito de evitar enchentes no Centro da cidade. “No próximo mês, a expectativa é que só para obras públicas sejam empregadas 600 pessoas, enquanto para o semestre, pelo menos 1.800 novas vagas deverão ser abertas.”

Mas o otimismo em relação à retomada das contratações para por aí. Oliveira avalia que a redução no ritmo da construção de empreendimentos voltados para o segmento habitacional continua, e embora contratações estejam sendo feitas, também há dispensas. “Talvez em novembro haja algum crescimento no ramo imobiliário, por ser o mês em que as pessoas recebem o 13º salário, mas a crise que retraiu o setor automotivo ainda afeta a região”, analisa Oliveira.

A diretora adjunta da regional do SindusCon-SP, Rosana Carnevalli, avisa que não se pode “cantar vitória” só pelo saldo positivo que a região teve na última avaliação. “Esse resultado isolado pode ser devido a alguma manobra feita meses atrás, em que construtoras aproveitaram as novas leis de zoneamento urbano para engavetar projetos de empreendimentos imobiliários, mas tiveram que lançar mesmo assim, já que existe um prazo máximo para isso”, justifica.

REALIDADE - Considerando os números absolutos, ao comparar o desempenho de janeiro a julho a com o mesmo período do ano passado, a quantidade de dispensas totaliza 4.117 trabalhadores. Essa média negativa, porém, não é exclusividade da região. Desde o início do ano, em todo o Estado de São Paulo são somadas 25.016 vagas a menos.

Para o segundo semestre, Rosana espera que o resultado seja mais favorável. “Se o governo continuar com iniciativas que apoiam financiamento para construção de moradia, a região pode ter um balanceamento anual positivo ou estável, já que ainda há um deficit habitacional em algumas cidades, como São Bernardo e Mauá”, avalia.  




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