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Estoque de cadeirinha normal só em 2011
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
16/09/2010 | 07:12
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O abastecimento de cadeirinhas para transportar crianças no banco traseiro dos carros só voltará ao normal no início do ano que vem, segundo informações de importadores à equipe do Diário. Dependendo do estabelecimento e com sorte, o consumidor do Grande ABC espera 14 dias para ter acesso ao produto, mas em média a espera é bem maior, chegando a meses.

Segundo a marca italiana Chicco, o volume de importação triplicou do ano passado para cá, totalizando 10 mil assentos comprados por mês. Entretanto, o abastecimento pleno das 14 lojas próprias e 1.000 multimarcas acontecerá só no início do ano.

Em nota, o diretor-geral, Paulo Solimeo, afirma que a próxima encomenda será de 12 mil, mas o número ideal para manter as prateleiras completas é de 15 mil unidades. "Não é um processo tão rápido, pois são necessários 150 dias do momento do pedido até os itens chegarem às lojas."

Outra importadora, a Infanti Brasil, instalada em Diadema, teve a produção das três fábricas do produto na China elevada em 40% desde o início do ano. A gerente comercial Lilian Pimenta justifica que o atrasado na entrega dos itens nas lojas é decorrente da demora na liberação dos contêineres no Porto de Santos.

"Recebemos diariamente cerca de 1.500 unidades para serem distribuídas pelo País. Até que agora estamos com mais fôlego para atender à demanda do varejo", diz a gestora. O abastecimento será normalizado em novembro. A marca contratou 50 funcionários para reforçar a equipe que etiqueta e reempacota os produtos e uma empresa logística para coordenar a distribuição.

Fabricantes e varejistas afirmam que os preços praticados no varejo não sofreram alteração devido ao baixo estoque dos produtos no mercado. A gerente comercial da Coop (Cooperativa de Consumo), Luciana Veridiano, diz que a situação piorou muito de três meses para cá. "A Burigotto, que é nossa fornecedora, está entregando apenas 30% dos pedidos. Apesar de ter fábrica no País, ela precisou importar produtos para atender à demanda", afirma. A gestora completa que quando as cadeirinhas para crianças com idade entre 4 e 7 anos e meio anos são as que acabam mais rápido.

Na Alô Bebê a venda cresceu 30% neste ano. O gerente de marketing Milton Bueno afirma que "em algumas lojas ligam para os clientes quando a cadeira chega".


Motorista que infringir regra será multado em R$ 191,54

A PM (Polícia Militar) e a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) estão multando os motoristas que não transportarem crianças de zero a 7 anos e meio nos dispositivos de segurança como bebê conforto, cadeirinha ou booster no banco traseiro.

A multa para quem infringir a legislação de trânsito é salgada: R$ 191,54, além de sete pontos na carteira habilitação e apreensão do veículo até que o problema seja sanado.

Em algumas capitais, a falta de cadeirinha à venda nos estabelecimentos motivou órgãos de trânsito a suspender a fiscalização. Este é o caso de Salvador (BA), que anunciou a decisão no dia 14. No Rio de Janeiro (RJ), os órgãos divergem sobre o inicio da multa: a PM avisa que começa no dia 1º, ao contrário da Polícia Rodoviária Federal e da Guarda Municipal, que já multam.




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