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Diadema cita falta de verba para reajuste
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
08/04/2011 | 07:41
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Tiago Silva/DGABC


O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), tenta minar o movimento do Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema), que mais uma vez não obteve contraproposta ao reajuste de 11% pedido pela categoria. Por unanimidade, a classe rejeitou a pauta do Executivo. O Paço sugeriu nova rodada da mesa de negociação para o dia 15.

Um terço do documento (cinco reivindicações, inclusive o reajuste) recebeu o mesmo retorno negativo: "A Prefeitura não tem disponibilidade financeira neste momento para atender ao pedido". Os outros dez itens têm respostas genéricas da Prefeiutura. A única situação concreta é o aumento do vale-alimentação de R$ 170 para R$ 200.

A garantia de outra reunião, porém, não impedirá paralisações. Os trabalhos de Educação serão interrompidos na quinta-feira, quando o sindicato irá até a Câmara para usar a tribuna livre e mostrar suas reivindicações. "A gente está pedindo esse percentual (de 11%), sendo que 6,36% é reposição da inflação", considerou a presidente do Sindema, Jandyra Uehara.

O terreno para uma interrupção de trabalhos mais longa está sendo preparado. "Se eles não apresentarem uma proposta, vamos deliberar greve. Não vai ter jeito. Será que é dessa forma que eles entendem?", questionou a presidente. O veredicto deve sair no dia 19, às 17h30, em assembleia geral que terá em pauta a nova resposta do Executivo.

A ideia é, até lá, articular toda a classe para que a paralisação seja aderida por grande parte dos servidores. "Cada um vai ter de colocar a gravidade da situação para os seus colegas de trabalho. Tirar o medo deles", disse Jandyra.

A tesoureira do sindicato, Roseli Aparecida de Souza, defende que os munícipes precisam ser conscientizados do que está por vir. "Vamos reforçar nossa luta e avisar a população. Se a Prefeitura insistir, vamos usar nossa força maior."

Na semana passada, o chefe do Executivo declarou que não dará folga para os grevistas. "É uma decisão deles. Tenho que garantir o serviço. Quem não estiver trabalhando, vai ter falta."

 

Funcionalismo de Mauá terá abono e aumento em vale

 

Mark Ribeiro

 

Após dois anos e três meses esquecidos, os servidores públicos municipais de Mauá, enfim, receberão algum benefício do prefeito Oswaldo Dias (PT). Assembleia realizada ontem pela categoria aprovou a contraproposta da administração, que oferece bônus mensal de R$ 200. Outra reivindicação será parcialmente atendida pelo governo. O vale-compra passará de R$ 44 para R$ 70 a servidores que recebem o equivalente a até dois pisos da categoria (R$ 1.664).

A notícia, no entanto, não agradou amplamente o Sindserv (Sindicato dos Servidores) de Mauá. Isso porque, à tarde, a proposta encaminhada a Oswaldo e ao secretário de governo, José Luiz Cassimiro, dispunha sobre abono de R$ 300 e vale-compra de R$ 120, além de outros 85 itens. O reajuste salarial de 11% foi, de cara, descartado.

"Para quem há tantos anos vem discutindo e sempre recebeu um ‘não', é um avanço", avaliou o presidente do Sindserv, Josemar Alves Lobo. As gratificações, retroativas ao dia 1º, deverão ser votadas pela Câmara na terça-feira.




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