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Brasil busca paz contra o Chile
Edélcio Cândido
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
06/10/2001 | 18:25
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Sem estresse e maior poder de fogo. Carente de conjunto e do saudoso futebol-arte, a Seleção Brasileira promete jogar consciente, sem malabarismos, e ocupar melhor os espaços para tentar bombardear o Chile, em duelo de vida ou morte. A partida acontece neste domingo, às 16h, no estádio Couto Pereira, em Curitiba, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002.

Cafu, que melhorou de contusão, e Edílson, o último convocado, estão escalados. Neste sábado o lateral Júnior foi liberado porque a sua irmã, Maria Bomfim de Souza, 48 anos, faleceu de madrugada.

Problemas à parte, o técnico Luiz Felipe Scolari mantém esperanças de classificação da equipe sem ter de depender de outros resultados. “Não podemos entrar em paranóia”, disse o treinador. Ele tenta acalmar o ambiente, contornar as adversidades e as contusões freqüentes.

Nos treinos durante a semana um ambiente muito tenso foi visto ao redor de Felipão. Ele testou cinco ataques diferentes. Fez mistério, tentou esconder a escalação, mas na sexta-feira divulgou a formação da equipe, com Edílson e Marcelinho Paraíba na frente.

O Brasil divide a quinta colocação com o Uruguai, em números de pontos (24), mas leva vantagem no saldo de gols. Os 53 mil ingressos colocados à disposição dos torcedores se esgotaram desde o início da semana. A renda deve ser de R$ 1,3 milhão. O estádio Couto Pereira passou por uma reforma nos últimos dois meses, no valor de R$ 800 mil, para atender exigências da Fifa.

O treinador, que não pôde contar com Ronaldo, machucado, terá Rivaldo, Émerson e Cafu sem suas melhores condições, porque se recuperaram recentemente de contusões. A seleção não jogará 100% fisicamente. Cafu esteve até ameaçado de não jogar, por causa de um problema no joelho esquerdo e na coxa direita. Embora o Chile esteja desclassificado e entre em campo somente para cumprir tabela, a seleção considera a partida uma “guerra” diante da rivalidade sul-americana.

Calmaria – A maioria dos jogadores sabe que uma vitória vai trazer paz ao selecionado. O lateral Roberto Carlos vê a situação dessa forma: “A vitória vai dar um pouco mais de alívio, paz. Com os três pontos, a classificação ficará mais próxima”, disse o jogador, que nem pensa no que poderá ocorrer, caso o Brasil não vença o jogo.

O lateral-esquerdo pede até para que a administração do estádio molhe um pouco o gramado. Assim, a bola deslizará com facilidade e o jogo poderá tornar-se mais rápido. “A seleção terá de impor um ritmo veloz e pressionar o jogo inteiro”, disse.

O volante Émerson diz que o esquema do Brasil vai girar em torno de Rivaldo. Ele e Vampeta terão como missão permitir que o craque do Barcelona tenha espaço e liberdade para armar as jogadas. Rivaldo terá liberdade ofensiva. Edílson promete jogar com a eficiência de sempre e dar mais velocidade nas descidas. Scolari evita falar na melhor forma para a seleção enfrentar o Chile. “Está tudo aqui na minha cabeça: escalação, ataque e defesa. Se o Brasil é favorito? Tem chance de vencer, mas temos de ficar esperto, porque as supresas estão acontecendo com freqüência”.




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