O ex-presidente do PP de São Caetano e advogado Sérgio Tannuri pediu desligamento da legenda. O ex-progressista sofreu pressão da executiva estadual após divulgar um artigo em que elogia o tucano Geraldo Alckmin e critica o governador José Serra, também do PSDB.

No texto, Tannuri diz que não entende o porquê de Serra “boicotar” Alckmin, pois o governador teria interferido no apoio do PMDB, de Orestes Quércia, ao DEM, de Gilberto Kassab, em São Paulo.

Ressalta ainda que votou em Serra nas eleições de 2002 (para presidente), 2004 (para prefeito paulistano) e em 2006 (para governador) – neste ano, o PP apoiou a chapa de Quércia– porque “era o candidato de Alckmin, o mais digno e honrado homem público desta Nação”.

O secretário-geral do diretório estadual do PP, Jesse Ribeiro, – que pretendia expulsá-lo – observa que ficou “aborrecido” após tomar conhecimento do artigo e classificou a atitude de Tannuri como “traição partidária”.

Tannuri, que agora se intitula “sem-partido”, preferiu pedir a destituição da sigla para evitar conflitos. “Elogiei os tucanos, sem citar o PP, e nunca assinei os artigos com minhas funções políticas, sempre como advogado. Agora estou livre para expressar minhas idéias. Sou fã de Alckmin, não há crime nisso”, explica.