Pagar o plano de saúde do próprio bolso é realidade para 24% dos brasileiros. Dados da Agência Nacional de Saúde de setembro mostram que no Brasil há 46,6 milhões de beneficiários dos planos privados de assistência médica. Mas o serviço, apesar de privado, ainda é muito criticado pelos usuários. Em 2011, o índice de reclamações das operadoras de convênio médico de grande porte medido pela ANS, por exemplo, só subiu. Em janeiro era de 0,31% e, em setembro, 0,62%.

Além disso, 28,13% das operadoras de grande porte estão no grupo das empresas mais reclamadas, e 67% dos consumidores são clientes dessas empresas. Pró-Saúde, Semeg, Excelsior, OPS e GreenLine são as cinco primeiras do ranking.

Diante do cenário, fica difícil saber se o plano que pretende contratar é de empresa que oferece ou não serviço de qualidade. "Portanto, o primeiro passo é buscar informações sobre a operadora", orienta a supervisora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor Polyana Carlos Silva. É isso mesmo, hoje há mecanismos que ajudam na investigação das empresas do setor.

Quem navega no site da ANS, por exemplo, encontra ferramenta que permite indentificar até mesmo o desempenho financeiro das operadoras de convênio médico. Há também índice que compara o nível de reclamação de uma empresa com o restante do mercado. O índice de reclamação da Pró-Saúde, a primeira do ranking da ANS, é de 24,74 %, enquanto a média das empresas do mesmo porte é de 0,62%.

No site www.proteste.org.br/saude/simulador-plano-saude, o internauta também pode avaliar os planos.

De acordo com Polyanna, é essencial que o consumidor identifique os serviços que quer ter antes de contratar convênio. São dois pontos essenciais antes de fechar negócio: 1) O tipo de cobertura: é preciso verificar se necessita da inclusão de assistência odontológica, de atendimento em laboratórios especializados; 2) A abrangência do atendimento: se viaja com frequência é importante ter convênio que atenda em todo o País.

"É fundamental ler o contrato para indentificar se o serviço desejado está incluso no plano. Caso contrário, o consumidor só saberá que não tem direito ao atendimento desejado na hora de usá-lo", comenta a supervisora da associação.

É imprescindível também identificar quais serviços as empresas são obrigadas a oferecer e que são renovados todo ano pela ANS. Para 2012 há novidades. "Até o momento só é permitida a cirgurgia por corte. Mas serão inclusas cirurgias por vídeo, como para redução de estômogo."

Para tirar dúvidas ou fazer reclamações, o cliente pode ligar ao disque ANS (0800 7019656). Há também um núcleo da agência em São Paulo, localizado na Avenida Bela Cintra, 986, 5º andar, Jardim Paulista.