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Decisão sobre Angra 3 está nas mãos de Lula, diz Tolmasquim
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
25/01/2007 | 18:48
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O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, afirmou nesta quinta-feira que a decisão sobre a construção da usina nuclear Angra 3 está nas mãos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e por isso, a obra não foi incluída no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), anunciado na última segunda-feira.

“Angra 3 vai ser decidida pelo presidente da República. É uma questão que está sendo analisada em nível do governo e dos vários ministérios”, disse Tolmasquim, em evento no Clube de Engenharia. A EPE é uma empresa vinculada ao ministério de Minas e Energia.

O presidente da EPE falou que, caso seja aprovada a obra, não lhe faltarão recursos. “Se ela vier a ser aprovada, vão ser criadas as condições específicas para que ela saia a tempo. Se é dentro do PAC ou não, isso é detalhe”.

Tolmasquim deixou claro que que, diante do atraso na definição sobre a usina, a entrada em funcionamento de Angra 3 já está sendo prevista para o final de 2013 ou início de 2014. Antes, trabalhava-se com a data de 2012 ou 2013, com a construção sendo iniciada em 2006.

A unidade foi incluída no Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica 2006/2015, elaborado pela EPE. Tolmasquim disse que, por se tratar de uma usina nuclear, Angra 3, “se for construída”, deverá ficar sob a responsabilidade da Eletronuclear, estatal que já administra as usinas de Angra 1 e 2, ambas localizadas no município de Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense. “Ela não irá a leilão”, assinalou.

Tolmasquim esquivou-se de comentar se a aprovação de Angra 3 seria complicada por fatores políticos. “Tem movimentos de todos os lados. Você tem tanto pressões enormes para que saia como para que não saia. Hoje eu diria que tem uma polarização. É essa questão meio apaixonada entre esses pólos que faz com que a decisão seja um pouco mais complicada”.

Ele avaliou que o cenário para 2010 não preocupa. “Vai ter um leilão agora em maio. Se o Brasil crescer a 5%, você vai precisar de mais energia. Mas tem o leilão e você vai contratar essa energia nesse leilão”, disse.

O presidente do Crea/RJ (Conselho Regional de Arquitetura e Engenharia do Rio de Janeiro), Reynaldo Barros,  pediu que Tolmasquim ajudasse a incluir Angra 3 no PAC. “É energia que o Rio de Janeiro precisa, que a região Sudeste precisa”. De acordo com informação da Eletronuclear, estatal responsável pelas usinas nucleares brasileiras, Angra 3 terá capacidade de geração de 1.350 megawatts.

O presidente do Crea/RJ lembrou a conservação dos equipamentos adquiridos para Angra 3 gera gastos anuais em torno de US$ 20 milhões. Maurício Tolmasquim e a EPE foram os homenageados do mês de janeiro do Clube de Engenharia.




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