Sem nenhuma proposta ontem por parte do governo Mário Reali (PT) às reivindicações da campanha salarial 2010, o funcionalismo público de Diadema para dia 15 por 24 horas. A greve de advertência foi decidida e aprovada ontem à noite, durante assembleia realizada na sede do Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema).

Antes, a diretoria da entidade sindical reuniu-se à tarde com representantes da administração no Paço. O encontro, porém, foi avaliado pela direção como "reunião técnica e não de negociação". Desde a aprovação da pauta de reivindicações dia 24 de fevereiro pela categoria, essa foi a segunda vez que o sindicato se reuniu com o governo petista.

De volta para o Sindema, os líderes sindicais mostravam no rosto o resultado da reunião. Sem perder o humor, alguns até fizeram trocadilho com o hit do momento Rebolation, do grupo baiano Parangolé. "A administração está fazendo o enrolation com a categoria", alfinetou um diretor.

Sem enrolação, no entanto, a presidente do Sindema, Jandyra Uehara Alves, foi taxativa ao passar o resultado do encontro com o governo. "Falarei muito rapidamente, porque não tenho muito a dizer. Não teve proposta alguma e sim uma tentativa, inútil, de convencimento que a situação financeira da Prefeitura é ruim", afirmou.

A administração agendou nova reunião para o dia 22, às 10h, mas Jandyra deixou um lembrete aos servidores efetivos - cerca de 150 representantes de várias secretarias, principalmente Saúde e Educação. "A reunião é sem comprometimento do governo de apresentar uma proposta", afirmou.

Os 7.100 servidores reivindicam 11% de reajuste salarial, entre outros benefícios. O que para Célio Lucas de Almeida, o Célio Boi (PSB), único vereador presente é um direito legal. "O maior colaborador da Prefeitura é o funcionalismo", apontou. A Prefeitura informou ontem, em nota, que "não tem condições de aplicar o reajuste" pretendido pelo sindicato.