Política Titulo Editorial
Ainda há vagas
Do Diário do Grande ABC
27/08/2015 | 08:25
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Aline Pietri/DGABC


O desemprego é certamente uma das maiores preocupações dos moradores do Grande ABC. Questão que tira o sono das pessoas e que paralisa os vários elos da economia. Nos últimos dias, o noticiário ressoa o implacável número daqueles que têm suas vagas fechadas e são friamente dispensados.

Os telegramas enviados, sobretudo pelas grandes companhias, trazem consigo série de incertezas em relação ao dia seguinte e ao futuro de quem tem a responsabilidade de colocar a comida na mesa e ainda arcar com as despesas da casa.

Dados da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) divulgados ontem dão conta que a nossa região encerrou o mês de julho com 177 mil pessoas sem trabalho. Isso corresponde a 12,7% da PEA (População Economicamente Ativa) das sete cidades. Apesar de elevado, o total do período é menor que o registrado em junho, quando eram 181 mil os que sofriam com este mal, ou 13% da PED.

E a diminuição se deu graças ao setor de serviços, que no mês anterior criou 30 mil postos em áreas como bancos, seguros, administração, Saúde, Educação e de teleatendimento. Isso ajudou a equilibrar o quadro e interromper a série de elevação no índice de desemprego, que já perdurava por quatro meses consecutivos.

Assim, o impacto causado pelas 10 mil dispensas no comércio e as 7.000 ocorridas no segmento produtivo foi minimizado.

A notícia deve ser comemorada com extrema moderação, pois todos sabem que na área de serviços os salários são menores que os pagos pela de produção. Segundo a Rais (Relação Anual de Informes Sociais) do Ministério do Trabalho, referente a 2013, o ganho médio dos operários da indústria era de R$ 3.675, contra R$ 2.040 dos demais setores.

Entretanto, a sabedoria popular diz que é melhor pingar que secar. Assim, mais vale um trabalho com ordenado modesto que ter nenhum ganho.  




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