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Júri popular conclui que Luther King foi vítima de complô
Do Diário do Grande ABC
09/12/1999 | 15:53
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O lendário herói do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, Martin Luther King, assassinado em 1968, foi vítima de um complô e nao de um franco-atirador, segundo o veredicto de um júri popular em Memphis (Tennessee, sul dos EUA).

O júri, que divulgou sua decisao esta quarta-feira, estabeleceu uma indenizaçao de US$ 100 à família de King, no processo civil por homicídio, aberto contra Loyd Jowers, um ex-restaurador suspeito de ter servido de intermediário.

Jowers, 73 anos, disse em 1993 ter recebido US$ 100 mil para contratar um atirador que assassinasse King durante sua estadia no Lorraine Motel de Memphis.

Os King informaram à imprensa ter pedido apenas US$ 100 de indenizaçao para mostrar que estao mais interessados na aplicaçao da Justiça do que no dinheiro. ``Estou muito feliz com a decisao do júri. Isto demonstra que o sistema judicial efetivamente funciona', disse Dexter King, filho do ativista negro, momentos antes de conhecer o veredicto. ``Um júri formado por 12 homens e mulheres votou na tese do complô. É uma decisao histórica', disse o advogado da família, William Pepper.

Martin Luther King, defensor da nao-violência e prêmio Nobel da Paz em 1964, foi morto em 4 de abril de 1968. Um ano depois, James Earl Ray, que já tinha problemas com a Justiça, se declarou culpado pelo assassinato e foi condenado a 99 anos de prisao. Ele morreu no ano passado, cumprindo a pena.




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