A Prefeitura de Diadema cortou de circulação anteontem dez veículos da Transkomby, empresa terceirizada, que prestam serviços para a Secretaria de Saúde. O CF52Diário/CF apurou que outros dez utilitários, modelo Uno e na cor branca, serão retirados nos próximos dias da mesma Pasta.

Questionada ontem à noite sobre os motivos da diminuição dos veículos da frota terceirizada, a Prefeitura não respondeu. Há uma semana, durante reunião apenas com servidores comissionados (em cargos de confiança) no Teatro Clara Nunes, o prefeito Mário Reali (PT) disse que aplicaria medidas para redução de custeio.

Entre as ações, inclusive descritas em material publicitário distribuído aos servidores, estão a redução de gastos com combustível e locação de veículos, além de corte de horas extras em 25% e de gastos com serviços de utilidade pública em até 40%, como, por exemplo, telefones.

O aperto do cinto por parte do petista é justificado pelo fato de a administração ter sofrido vários sequestros de receitas para pagamento de precatórios (dívidas judiciais). Nestes primeiros onze meses de mandatos, foram subtraídos cerca de R$ 38 milhões dos cofres públicos.

A Transkomby é a empresa contratada pela Prefeitura para o fornecimento de veículos terceirizados. Dias atrás, o Diário denunciou o uso irregular de vans da empresa, locadas pela Prefeitura, cumprindo dupla jornada no Zoo Safári nos fins de semana, feriados e dias úteis.

Pelo contrato celebrado em 2006 com a Prefeitura, os veículos a serviço da administração teriam de ficar estacionados nas garagens públicas nos fins de semana e feriados, principalmente pelo fato de a frota terceirizada ser abastecida com combustível pago pelos cofres municipais. A Transkomby nega a irregularidade. A Prefeitura até hoje não se justificou.