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Não há o que esperar, diz Bonome para Campos

Secretário de Gabinete e principal nome do PMDB rebateu
o pedido de cautela feito pelo presidente estadual do PTB

Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
20/01/2012 | 01:03
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Ricardo Trida/DGABC


O secretário de Gabinete e principal nome do PMDB de Santo André, Nilson Bonome, rebate o pedido de cautela feito pelo presidente estadual do PTB, deputado Campos Machado, para a formalização da parceria entre os partidos para a chapa de reeleição do prefeito, Aidan Ravin (PTB). O Diário publicou ontem que o cacique petebista não fará aliança "com a corda no pescoço", em alusão ao ultimato que o PMDB, via Bonome e o vice-presidente da República, Michel Temer, projeta dar ao chefe do Executivo na semana que vem, quando Aidan retornará de férias de sete dias.

"Não há o que esperar", salienta o secretário, diante do tempo solicitado por Campos. Além do dirigente, Aidan também prega que a definição da chapa ocorra em março, o que lhe conferiria tempo maior de articulação com os demais partidos aliados. A vice-prefeita, Dinah Zekcer (PTB), possui cada vez menos chance de se manter no posto, tendo em vista a pressão do arco de apoiadores pela abertura da chapa - caso isso não ocorra, pode gerar debandada da sustentação ao governo, em especial do próprio PMDB e do PSDB, que também briga para indicar o postulante a vice.

"É complicada a fala do Campos, mesmo porque o PMDB não está intimando, mas procurando o seu espaço", declara Bonome, ao classificar a agenda de reunião com Aidan de "ato de respeito" ao chefe do Executivo. "Não estamos colocando a faca no pescoço de ninguém, muito pelo contrário. O que o Michel (Temer) diz é: ‘Bonome, temos de conversar com o Aidan antes de tomarmos qualquer posicionamento. Ele foi parceiro na eleição (presidencial, de 2010) e devo isso a ele'", ressalta.

Flerte com o PT - Se por um lado Nilson Bonome e o PMDB enfrentam resistência em ter atendido o desejo de compor chapa com Aidan Ravin, por outro já receberam sinalização de que tendem a ser bem recebidos em eventual coligação para a pré-candidatura do deputado estadual Carlos Grana (PT) a prefeito. Ontem, o petista indicou que apenas aguarda a saída do PMDB do arco de apoiadores da administração petebista para iniciar diálogo "com carinho" com o partido.

"Não tive conversa com o PT. Não procurei e não fui procurado por eles. Onde tem algum avanço é com o PTB. Mas, se não estivermos com o Aidan, vamos tomar outro caminho, de candidatura própria ou aliança com o PT", retribui Bonome. "Por isso que, tendo em vista que PMDB e PT já formaram coligação que deu certo na esfera federal, o fato de procurarmos o Aidan é sinal de respeito", reitera.




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