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Azulão testa nova
fórmula na Série B
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
08/07/2011 | 07:38
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Na estreia do técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, o São Caetano experimenta nova fórmula a partir de hoje, no confronto com o Vila Nova, às 21h, no Serra Dourada (Goiânia-GO), para sair do atoleiro na Série B do Brasileiro. Sem vencer há dois jogos - derrota para Portuguesa e empate com o Sport -, o Azulão ocupa a 14ª posição, com dez pontos, e um tropeço pode colocá-lo na zona de rebaixamento, já que Goiás, Salgueiro, Guarani, Icasa e Bragantino estão logo atrás, com nove.

Vadão tem como característica apostar na ousadia e no futebol ofensivo. Foi assim que obteve os dois acessos à Série A no comando do Vitória (2007) e Guarani (2009). Com isso, meias-armadores autênticos como Júnior Xuxa e Walter Minhoca devem ganhar espaço e podem até aparecer como titulares já em Goiânia.

Mudança radical em relação ao esquema implantado pelo antecessor Márcio Goiano, que com a contusão de Ailton - se recupera de lesão no quadril e deve ficar mais uma semana afastado - escalava Allan e Kleber como falsos armadores. Os dois atuaram como volantes onde passaram, respectivamente Santo André e Paraná, e pouco criavam.

Embora costume imprimir a marca logo nos primeiros jogos, existe também a possibilidade de o técnico adotar cautela, já que teve apenas dois dias para conhecer a equipe.

No primeiro contato com o grupo, porém, armou o Azulão basicamente da mesma forma que seu antecessor e fez várias observações. As mudanças devem começar na zaga, já que Eli Sabiá e Anderson Marques se recuperam de dores musculares. Com isso, Vadão optou por Jean e Thiago Martinelli. Outro reforço é o atacante Geovane, que cumpriu suspensão diante do Sport.

O Vila Nova também tenta a reabilitação, já que na rodada anterior foi derrotado em Goiânia para o Icasa por 2 a 1. Será a terceira partida da equipe sob o comando do técnico Hélio dos Anjos, que não poderá contar com o zagueiro Éder Lima e o lateral-esquerdo Jorge Henrique, suspensos. Leandro Cearense deve ter a primeira oportunidade como titular.

 

São Caetano joga sem dupla de zaga titular

 

Pela primeira vez na Série B do Campeonato Brasileiro, o São Caetano não contará com a dupla de zaga titular, formada por Eli Sabiá e Anderson Marques, no confronto de hoje com o Vila Nova. Os dois se recuperam de dores musculares e sequer treinaram antes do embarque da equipe ontem pela manhã para Goiânia.

O técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, não deu dicas sobre quem serão os substitutos. No entanto, as vagas devem ser preenchidas por Jean e Thiago Martinelli. O primeiro foi titular ao longo de todo o Campeonato Paulista. Martinelli tem sido usado em alguns jogos como zagueiro e em outros como volante.

No Paulistão, como o ex-técnico Ademir Fonseca jogava no 3-5-2, com três zagueiros, Jean e Thiago chegaram a atuar juntos, só que o último fazia a função de líbero. Quando o time tinha a posse de bola, ganhava liberdade para ir à frente.

Caso seja escalado, Jean fará sua estreia na Série B. Titular no Paulistão, passou a amargar a reserva após a chegada do ex-técnico Márcio Goiano. Em alguns jogos sequer foi relacionado.

Jean, que já tinha trabalhado com Vadão no Vitória, em 2007, não diz abertamente, mas deixa escapar certa mágoa por ter perdido a posição para Eli Sabiá, que havia acabado de chegar ao clube e ainda não tinha disputado nenhuma partida. "No futebol é assim. A gente acata e respeita a decisão do treinador. Ninguém quer ficar fora do time. Apenas continuei meu trabalho, porque a gente tem de estar pronto para quando surgir uma nova oportunidade."

Sem constrangimentos, o zagueiro disse que o momento era mesmo de mudança no comando técnico do São Caetano. "Acho que estava precisando uma nova filosofia, para dar uma nova motivação. Acho que do jeito que estava, o Márcio não ia dar certo. Teve nove jogos e nada aconteceu."

Jean não arriscou dizer se Vadão adotará o sistema com três zagueiros, que vinha sendo usado por Ademir Fonseca. Márcio Goiano mudou para dois no setor e o time aparentemente não se adaptou. Ele também não tem preferência em atuar com mais um ou dois a seu lado. "O Ademir jogou assim (com três defensores) e deu certo. Fizemos bons jogos. Depende da característica de cada técnico. Aqui, o que deu resultado foi com três zagueiros".




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