O embate eleitoral chegou mais cedo a Mauá. Candidato a prefeito em 2008 pelo Psol, Mateus Prado (hoje no PV) já começa a demarcar território para a corrida a prefeito do ano que vem. O alvo escolhido foi a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), mesmo ela não confirmando candidatura e travando disputa interna com o presidente municipal da sigla, Paulo Bio, para ser o nome peemedebista no pleito.

"A Vanessa é menina mimada, que chegou dos Estados Unidos aos 18 anos querendo ser deputada e ganhou isso do pai (o ex-prefeito Leonel Damo)", disparou o verde. "Ela é a tentativa da família em dar nova roupagem ao retrocesso administrativo da cidade", analisou.

Mateus foi além, comparando a família Damo à do senador baiano Antônio Carlos Magalhães, morto em 2007. "O governo do Leonel, no geral, representou o caos urbano. Guardada as devidas proporções, é como a família ACM."

Vanessa, por sua vez, classificou os ataques como "baixos, pessoais e sem fundamento". "Não aceito ser chamada de mimada. Fui eleita com os méritos do meu trabalho. Já ele, não tem apelo popular e nunca foi eleito para nada. É pseudo político", contra-atacou.

A deputada ironizou a afirmação do adversário de que morou nos Estados Unidos. "Estudei no Zaíra, em Santo André e na Capital. Pelo o que me consta, Zaíra não fica nos Estados Unidos. Nunca morei lá", assegurou.

As respostas de Vanessa Damo desconcertaram Mateus Prado, que lutará para ser o candidato do PV a prefeito de Mauá em 2012 caso o chefe do Executivo de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), não consiga o aval do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para disputar o terceiro mandato consecutivo na cidade vizinha - o parecer da corte será emitido nas próximas semanas.

"Se fizesse política fisiológica, estaria eleito. Mas, no Instituto Henfil (o qual foi presidente), fiz muito mais pelo País do que ela naquela mandatinho de deputada", esnobou o verde.

SUGESTÃO

Com língua ferina incontrolável, Mateus Prado se sentiu à vontade até mesmo para sugerir que Vanessa Damo troque de legenda. Para ele, o partido que mais combina com a política da deputada é o recém-criado PSD. "Foi feito para ela", finalizou - a sigla nasce sob a desconfiança da falta de ideais.