O que parecia situação bem encaminhada sofreu reviravolta ontem e ameaça o Santo André no primeiro jogo como mandante na Série A-2 do Paulista, dia 28, contra o Palmeiras B, fora da cidade. Isso porque a construção do muro de isolamento da parte interditada do Estádio Bruno Daniel, prevista para iniciar ontem, não começou e parece sem previsão de ser efetuada.

Funcionários públicos foram esperados durante a manhã para erguer as contenções - na terça-feira, haviam retirado os tapumes e aparado as ferragens. Mas nada foi feito, o que gerou desconforto no Ramalhão, que se vê sem saída.

"Amanhã (hoje), se não reiniciarem os trabalhos, vamos tomar providências, porque faltam poucos dias para o primeiro jogo. Se a Prefeitura não puder realizar a construção, o Santo André, com autorização, vai construir", disse o presidente Ronan Maria Pinto, a fim de solucionar o caso. "Em hipótese alguma vamos jogar fora do Bruno Daniel."

O dirigente pediu mais proximidade entre o Paço e o Ramalhão. "O poder público precisa ter consciência de que é necessária junção entre clube, torcida e Prefeitura, e fazer a parte dele."

O diretor de futebol do clube, Sérgio do Prado, se mostrou indignado com a situação. "O muro é o último obstáculo para liberação da CBF, mas o trabalho foi interrompido", afirmou.

O diretor municipal de Esportes Almir Padalino atendeu às ligações do Diário, mas não quis dar entrevista e condicionou as respostas à assessoria de imprensa.