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Palocci: 'Brasil caminha para crescimento sustentado'
Do Diário OnLine
Com Agências
02/03/2004 | 10:17
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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, minimizou nesta terça-feira o crescimento negativo obtido em 2003, e disse que a economia brasileira caminha rumo a um ciclo de crescimento sustentado. Em entrevista ao programa Bom dia Brasil, da Rede Globo, o ministro disse que o país já sinalizou um crescimento econômico a partir do segundo semestre de 2003.

Palocci reafirmou que a retração do primeiro semestre de 2003 foi causada pela crise econômica no final de 2002, “que levou as taxas reais de juros para perto de 17%”. “Isso trancou a economia durante seis, sete meses. Mas nós já tivemos no ano passado um segundo semestre de crescimento”, disse.

Para o ministro, apesar de o país ter registrado crescimento negativo de 0,2%, é preciso prestar atenção nos indicadores dos últimos meses de 2003. “Se olharmos o que aconteceu no último trimestre de 2003, vemos que cresceu 1,5% em relação ao terceiro trimestre. Analisando essa taxa, é um crescimento de 6%”, disse.

O ministro também garantiu que o Brasil entrará agora em um “período longo de crescimento econômico, com geração de emprego, com incentivo aos setores que mais empregam, com valorização das exportações, da agricultura”. “O que passou, passou”, acrescentou.

Questionado sobre o impacto que a crise provocada pelo ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz traria para a economia brasileira, Palocci disse que o caso é um "episódio" e não prejudicará o país nesse aspecto. “A economia brasileira é baseada na força real dos setores que produzem, exportam”, disse.

Superávit - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, declarou nesta terça-feira que o governo pretende introduzir, em 2005, um superávit variável com o crescimento econômico. Segundo ele, isso permitirá que, em momentos de crise, o país possa gastar o que guardou e não cobrar mais da sociedade.

Para Palocci, o Brasil normalmente economiza mais nos momentos de crise e gasta mais nos momentos de crescimento e de boa arrecadação, o que “não é adequado”. “Então o que nós vamos fazer no ano que vem não é reduzir e nem aumentar o superávit. É introduzir a idéia de um superávit que seja variável com o crescimento econômico”, disse.




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