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Nomeação em faculdade gera polêmica
Rita Donato
Do Diário do Grande ABC
13/01/2009 | 07:47
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O diretor da Faculdade de Direito de São Bernardo nem chegou a ser nomeado e a questão já gera polêmica. Segunda-feira, o prefeito Luiz Marinho (PT) anunciou Marcelo José Ladeira Mauad como gestor da entidade - no mandato 2009-2013 -, mas antes mesmo da oficialização, o nome foi questionado pelo professor Marino Luiz Postiglione, que concorreu na chapa de oposição e obteve 11 votos, contra 35 de Mauad.

Postiglione alega que o processo foi viciado, já que a eleição foi aberta, fato que teria favorecido o concorrente governista. "Não tinha condições de ganhar no voto, o outro estava com a máquina na mão. O fato de a eleição ter sido aberta coagiu os professores. Foram verdadeiros votos de cabresto."

Apesar de sentir-se prejudicado, o professor não pediu impugnação da congregação - realizada no dia 28 de novembro, um mês após a eleição municipal - porque Marinho teria "se comprometido a sabatinar" os candidatos antes de bater o martelo. "Sempre houve incentivo, tanto que meu slogan de campanha era Muda cidade, Muda faculdade. Em tese, nossa proposta seria avaliada, mas isso não aconteceu", critica.

O prefeito assegurou, por meio da assessoria, que o resultado da eleição foi inquestionável e que a nomeação se deve ao fato de Mauad ter sido o mais votado. "Ele foi o escolhido por mais de 70% do colégio eleitoral e ao indicá-lo para o cargo segui o desejo da maioria dos integrantes da instituição."

A justificativa não convenceu Postiglione. "Ele que tivesse dito isso antes. Se avisasse que o diretor seria o mais votado, teríamos impugnado a eleição, mas achei que o critério da entrevista seria levado em consideração. Atrasei uma viagem em função da suposta audiência", reclama.

Embora Mauad tenha histórico ligado ao sindicalismo - foi advogado do Sindicato dos Metalúrgicos e obteve apoio do ex-prefeito Maurício Soares (PT) na eleição à direção da faculdade - o oposicionista evita ligar as peças. "Seria leviandade afirmar uma coisa dessas. Mas para mim é que Maurício não fez campanha", pondera, ao desconsiderar uma composição com Mauad. "Há questões da antiga administração com as quais não concordo e que serão mantidas."




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