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CPLP: novo mercado comum

A realização em Lisboa, Portugal, em junho, do primeiro fórum organizado pela União dos Exportadores da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) marcou o nascimento de mercado comum

Do Diário do Grande ABC
10/08/2015 | 08:33
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Artigo

A realização em Lisboa, Portugal, em junho, do primeiro fórum organizado pela União dos Exportadores da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) marcou o nascimento de mercado comum que, apesar de todas as dificuldades que se apresentam para viabilizá-lo, surge como o terceiro maior bloco mundial econômico, levando-se em conta o PIB (Produto Interno Bruto) de cada parceiro, a população e número de consumidores. Basta ver que o bloco representa PIB agregado superior a US$ 2,5 bilhões e mais de 1 milhão de empresas.

Além dos mercados internos, é de se levar em conta as diferentes regiões econômicas que estão associadas aos nove países integrantes da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (Brasil, Portugal, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Guiné Equatorial e Timor-Leste), num total de 86 nações, o que equivale a universo superior a 260 milhões de consumidores, para mercado potencial de 1,8 bilhão de habitantes, o que se traduz em número impensável de negócios.

Esse mercado já existia em potencial, mas faltava um organismo que pudesse viabilizar, estimular e promover esse intercâmbio. E, ao que parece, esse será o papel da União dos Exportadores e da Confederação Empresarial da CPLP, que nasceram depois da primeira reunião de chefes de Estado realizada, em 2014, em Díli, capital do Timor-Leste. Em razão desses esforços, acaba de ser constituída oficialmente a UBSIF-CPLP (União de Bancos, Seguradoras e Instituições Financeiras da Comunidade de Países de Língua Portuguesa), que representa passo decisivo para a cooperação financeira entre as nações do bloco.

É de se ressaltar que o fórum realizado em Lisboa permitiu que mais de 1.500 homens de negócios ali reunidos pudessem conhecer a situação empresarial de cada país, suas carências, seu sistema financeiro e jurídico e outras peculiaridades. Além disso, conheceram também os instrumentos que a CPLP criou para ajudá-los a fazer negócios, como, por exemplo, a marca CPLP, que conta com o portal Connect CPLP. Desde então, a marca CPLP começa a servir como selo de qualidade reconhecido mundialmente para produtos dos países integrantes.

Existe também o Observatório da CPLP, que exibe os projetos de cada Estado-membro e as licitações que serão abertas. Dessa maneira, o sonho de José Aparecido de Oliveira (1929-2007), idealizador e fundador da CPLP à época em que comandava a Embaixada do Brasil em Lisboa – entre 1992 e 1994 –, começa a se tornar realidade.

Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo.

Palavra do leitor

Pela raiz
No dia 6 de agosto de 1945, às 8h15, Hiroshima foi arrasada com a primeira bomba atômica. Em fração de segundos, mais de 100 mil pessoas foram dizimadas. Eram milhares de pessoas inocentes, principalmente crianças. Na cidade arrasada restaram apenas cinzas e escombros. Nas periferias a cena se assemelhava aos filmes de terror. Seres humanos perambulando como zumbis, com queimaduras, carnes expostas e rostos desfigurados. Imaginem o sofrimento do ser humano nesse estado, sem noção do que tinha acontecido. Não havia como raciocinar no estado deprimente em que se encontravam, apesar da necessidade de amenizar a dor e a sede. O povo japonês, já em estado de calamidade devido à guerra insana e sem fim, estava atônito, sem saber se era apenas pesadelo. Porém, a cena horripilante iria se repetir após três dias. Nagasaki seria arrasada com outro artefato nuclear. Fico a imaginar se era necessário repetir a irracionalidade deprimente no espaço de apenas três dias. Só pode ser o pertinente conceito de irracionalidade dos seres ditos racionais. Só há um meio – extremo – de eliminar o mal pela raiz: a neurociência descobrir como eliminar os neurônios com tendências maléficas, introduzindo sistemas adequados, ainda na fase da concepção do ser humano!
Kiyoshi Ikeda
Santo André

Continuam acéfalos
Nas administrações diademenses anteriores, os mandatários do Poder Executivo no âmbito municipal valorizavam os feitos dos valorosos gestores do Centro de Memória de Diadema, Mary e Absolon. Mas, para a estupefação dos memorialistas diademenses, na gestão Lauro Michel o Centro de Memória de Diadema continua acéfalo. Apesar dos pesares, foi na gestão Lauro que o Conselho do Patrimônio de Diadema foi criado e, para meu inconformismo, continua acéfalo. Saudações desmemoriadas.
João Paulo de Oliveira
Diadema

Contrastes
Continuamos sem saneamento básico, escolas, hospitais, transporte, habitação decente, salários dignos para professores e policiais etc. Mas há programação pornográfica disfarçada de especial, novelinhas utilizando menores durante o dia e musiquinhas com versinhos que fariam Shakespeare corar de vergonha. Não há nenhuma providência concreta em relação aos dimenoinfratô (continuam matando, ninguém os quer levar para suas residências), às multidões de moradores de rua, aos pedintes em cada esquina, nos ônibus, trens etc, tudo resultado da incompetência e falta de planejamento, mas com aquele objetivo de perpetuação no poder! Deu no que deu. Deixaram a conta para quem? A hora é agora, chega de blá-blá-blá. Não se diminuem os ministérios, os partidos, deputados, vereadores etc. Então, a cobrança deverá ser ininterrupta por parte de todos os setores, de cada município, para grande reconstrução nacional. Esqueceram do povo! Cadê os caras-pintadas? Cadê os empregos? Se alguém tiver culpa comprovada, que receba a punição adequada, doa a quem doer! Não falavam que o tempo é o senhor da razão? Ficou provado!
José Carlos Soares de Oliveira
São Bernardo

Cadê o lucro?
Queria aproveitar este momento, aonde um monte de espertos escrevem um monte de idiotices, sem nunca ter pisado no chão de fábrica. Em 1978, iniciava meu trabalho na Volks, ala 8, ferramentaria. Antes de ir para dentro da fábrica, nós tínhamos que fazer a integração. Foram cinco dias. No último dia, sexta-feira, senhor Domicios, na sua palestra disse o seguinte: ‘Se a Volks parar hoje de fabricar carro, ela mantém os mais de 30 mil trabalhadores, pagando salário só com peças de reposição’. Isso em 1978, imaginem hoje! Só nos últimos 12 anos onde foi parar todo o lucro dessa empresa e a Mercedes-Benz? Nos países de origem.Sabe qual o nome real da PLR? Mais valia. mas isso é coisa de comunista. Metem o pau no governo por ter 39 ministérios, sim, temos de pensar em diminuir. Mas e em São Paulo, quantas secretarias? Disso não falam! Não estou aqui para defender quem rouba. Muito pelo contrário. Quando a classe ‘trabalhadra’ fundou o PT,foi para ser diferente, mas, infelizmente, alguns diferentes vieram para dentro do partido. Mas não tenham dúvida, trabalhador não convive com desonestos.
Vilmo Oliver Franchi
Santo André

Depende de nós!
Concordo com tudo que o leitor Vanderlei A. Retondo escreveu (Aposentados, dia 5), pois sou também aposentado e vítima deste perverso e degradante sistema. Já perdi mais de 50% do valor nesses últimos anos, e acho que se a coisa continuar assim, logo todos aposentados receberão apenas um salário, e a cada ano perdemos o poder aquisitivo. Onde o leitor enumera os gastos enexplicáveis de nosso governo, gostaria de acrescentar um que não compreendo até hoje, que foi a construção de monumentais estádios para a Copa do Mundo de futebol. Na verdade, são elefantes brancos, pois nunca conseguiremos reaver todos bilhões gastos para agradar à Fifa. E houve pessoas que enriqueceram com tantas construções. Eu, como metalúrgico do Grande ABC, assisti por longos anos ao sistema utilizado por Lula, que nada mais era que fazer longas greves. É assim que político entende, só na pressão. Nós, aposentados, precisamos arrumar meio de pressionar o governo com coisas mais fortes do que fazer passeatas com meia dúzia de gatos pingados. Somos hoje mais ou menos 1,5 milhão de aposentados no Brasil, será que não tem nada mais forte que poderíamos fazer ao nosso próprio bem? Ou a gente se mexe, ou seremos futuros adeptos ao Bolsa Família.
Ivanir de Lima
São Bernardo 




Comentários

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