Artigo

Em 2016, o Brasil terá excelente oportunidade para construir imaginário global positivo sobre o País. A um ano da Olimpíada e da Paraolimpíada temos pressa para preparar as peças do imenso mosaico que vai formar a imagem da nossa Nação quando o mundo olhar mais uma vez para o País. Enganam-se aqueles que pensam que esse é assunto exclusivo para o Rio de Janeiro. Trata-se de oportunidade para a Capital Brasília e os outros 26 Estados.

Na Copa do Mundo, quase 500 municípios foram visitados. Os mais céticos ou críticos argumentarão que o Mundial de futebol foi pulverizado por 12 cidades-sede, enquanto os Jogos Olímpicos serão concentrados no Rio de Janeiro e outras cinco cidades onde ocorrerão as partidas de futebol – Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Manaus e Salvador. No maior evento esportivo do mundo, no entanto, teremos o tour da tocha, chance de ouro para distribuírmos os ganhos para todo o País. Aceleramos a curva de aprendizado e antecipamos investimentos necessários para o Brasil transformar-se em potência turística. Temos atualmente as melhores condições de disputar em nível global o viajante internacional. O estudo bienal focado no turismo do Fórum Econômico Mundial revela que somos o País mais competitivo do setor na América Latina. Subimos 23 posições de 2013 para 2015. Antes do Mundial de futebol aparecíamos em 51º lugar num ranking de 141 nações. Saltamos para a 28ª colocação neste ano.

Todas essas vantagens de nada adiantarão se não soubermos aproveitar as oportunidades que conquistamos para aumentarmos o interesse do estrangeiro e do brasileiro por conhecer o próprio País por meio de narrativas únicas. Das lições aprendidas nos últimos eventos, destaca-se a importância do planejamento. O Ministério do Turismo vai reunir no início de setembro, em Brasília, governadores, prefeitos, secretários de turismo e representantes da iniciativa privada para sensibilizá-los da importância da Olimpíada para o turismo. Também, sob o comando da presidente Dilma Rousseff, vamos circular por todos os Estados para, em reuniões técnicas, preparar o tour da tocha. Definir metro a metro o roteiro de 20 mil quilômetros a ser percorrido pela tocha, que será transportada por 12 mil pessoas.

Em São Paulo, a tocha vai pernoitar em Bauru, Campinas, Itapetininga, Osasco, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São Paulo, São Bernardo e São José dos Campos. O engajamento de todos é fundamental para transmitirmos ao mundo a mensagem que queremos e despertar o interesse de milhões de turistas em potencial para este País. Os elementos nós temos. O desafio é juntar as peças, construir a narrativa e criar o sonho tão essencial para o turismo.

Henrique Eduardo Alves é ministro do Turismo.

Palavra do leitor

Emoção
Gostaria de agradecer, muito, a este Diário pela emoção que eu, minha mãe, dona Frida, minhas irmãs Monica Wagner das Neves, Renata Wagner e Regina Wagner sentimos ao ler o jornal (Setecidades, ontem). Meu pai, Jorge Wagner Filho, jogou por muitos anos no Clube Atlético Tamoio, quando solteiro. Depois, ao se casar com a minha mãe, não pôde conciliar o futebol com o trabalho. Ele recebeu, inclusive, na época, convite para jogar como profissional no interior de São Paulo, mas o recusou. Sempre que podia jogava uma ‘peladinha’ com os amigos, pois adorava a bola e, nós, suas filhas, sempre na beirada do campo torcendo muito. Acho que herdamos dele essa paixão pelo esporte e, em especial, pelo futebol. Somos corintianas de alma e coração. Cheguei a tirar foto do jornal e a compartilhei no Facebook. Foi o maior sucesso. Mais uma vez, os meus sinceros agradecimentos. Um grande abraço.
Angela Cristina Wagner
São Bernardo

Exclusão
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, excluiu o PT do comando de todas as CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) que serão instaladas nos próximos dias. Em vista disso, para não ficar calado e justificar os ‘pixulecos’ e dólares na cueca, o líder do governo, José Guimarães, vomitou: ‘Era só o que faltava, a segunda maior bancada ficar fora da CPI’. Nobre deputado, acho que seu professor do Ensino Fundamental não lhe ensinou o verdadeiro significado da palavra ‘quadrilha’.
Humberto de Luna Freire Filho
Capital

Quando serão?
Reforçando a carta do leitor Douglas Pasquini, de São Caetano, nesta mesma coluna (Asfalto novo?, ontem), sobre o asfalto na cidade, gostaria de saber da Prefeitura quando serão feitos os recapeamentos asfálticos das travessas Guanabara e Rio Grande do Norte, bem como também as ruas Luisa e José Henrique de Sá, no bairro Nova Gerty, pois, segundo moradores mais antigos da região, essas vias nunca receberam recapeamento desde a criação do bairro (por volta de 60 anos atrás), apenas remendos e inclusive alguns de má qualidade.
Antonio R. Leite
São Caetano

Esquecidão
O insolente prefeito Fernando Haddad e outros políticos, quando lhes interessa usam como exemplo o primeiro mundo, como agora, ao dizer que a velocidade em São Paulo será de 50km/h, como em outras capitais do mundo. Esquece o prefeito que nesses lugares as ruas não têm buracos e quando há consertos eles não se transformam em lombadas, além de existir iluminação que protege o munícipe. Deixe de lero, lero!
Tania Tavares
Capital

Formação
A PF (Polícia Federal) informa que José Dirceu está recolhido em cela com dois contrabandistas. Isso vai dar certo. Os dois sairão da carceragem da PF com pós-graduação em formação de quadrilha. Quem sabe, sabe e ensina.
Claudio Juchem
Capital

Mentirozão
Mais uma para o histórico dos políticos mentirosos e fracos, que só querem se dar bem. O grande Pezão, governador do Rio de Janeiro, que tem pé enorme e cabeça bem pequena, para melhorar a imunda cidade e Estado fluminense diz que a Baia de Guanabara é esgoto a céu aberto e que só estara limpa em 2030. Ou seja, tudo aqui no Brasil é feito na base do improviso e do chute sem direção. Antes, tinha afirmado que a Baia teria 80% de suas águas limpas até a Olimpíada; agora, alguém deve ter cochichado ao seu ouvido que isso seria impossível, aí ele, na maior cara de pau, vem com essa! E o que foi gasto até agora? Foi para sujar ainda mais a Baia? Mais um engodo. Dos fortes.
Antônio José G. Marques
Capital